Marcadores: Amor
Marcadores: Brasil
Marcadores: Amigos
Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para a cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.
Lumas, Brunas, Carlas, Luanas e Sheilas: mulheres nota 10 no quesito linda de morrer, mas Mulherão mesmo é quem mata um leão por dia!
|
Feliz Aniversário! Seja feliz, hoje e sempreeeee!!!!
Marcadores: Aniversário
Esta sentença: "Dai a César o que é de César", não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática, e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda transgressão de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.
Da mesma maneira que exigimos do Estado que ele cumpra o seu papel, devemos honrar com nossas obrigações, pagando os nossos tributos em dia. Isso vale também quando assumimos um compromisso, adquirindo produtos e serviços de terceiros. Aqueles que nos prestam serviços, também têm compromissos para honrar. Pessoas inconseqüentes, com a ânsia de adquirir bens, querendo com isso demonstrar a todo custo um padrão de vida que não possuem, contraem dívidas que com o tempo transformam-se numa imensa bola de neve, e despesas essenciais, tais como Luz, Telefone, Condomínio IPTU e até a Escola dos filhos, deixam de ser pagas. Quem assim age, acaba naufragando num mar de dívidas.
Dar a Deus o que é Deus é obrigação de todo cristão, como também a César o que é de César. Isso Jesus nos deixou bem claro. Portanto, vamos obedecer a Palavra de Deus no todo, não em partes. Chiara Lubich, escritora italiana, sempre nos disse que dívida é coisa do demônio.
Para refletir: "É preferível comermos sardinha e arrotarmos sardinha, mas sem dever a ninguém, a comermos sardinhas e arrotarmos caviar, com os credores à nossa porta todos os dias".
Marcadores: Dívidas
3 -A Vida: Já dizia o poeta Gonzaguinha: Eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita! Viver, e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita e é bonita... Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo, é uma gota, é um tempo que nem dá um segundo. Há quem fale que é um divino mistério profundo. É o sopro do criador numa atitude repleta de amor... Somos nós que fazemos a vida como der ou puder ou quiser. Sempre desejada Por mais que esteja errada, ninguém quer a morte, só saúde e sorte. E a pergunta roda, e a cabeça agita, eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita.
4 -Igreja: A Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade" (1Tm 3,15), guarda fielmente a fé uma vez por todas confiada aos santos (Jd 1,3). É ela que conserva a memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja Católica)
5 -Família: Idéia Maravilhosa de Deus. Penso que Deus sempre gostou da idéia da família. Criou Adão e o fez senhor de todos os animais e criaturas do Paraíso terrestre. Mas percebendo que estava muito solitário, criou para ele uma esposa.
Por ser é uma comunidade baseada na vida e no amor, a família não pode se fechar sobre si mesma! Pais, mães e filhos devem sair para fora dos limites de seus lares para santificar seus vizinhos, sua rua, seu bairro. Participar de suas comunidades paroquiais para, junto com outras famílias, mudar estruturas, corações e mentalidades. Colaborar, em última análise, na implantação do Reino de Deus na terra. Por isso nós cristãos, devemos oferecer ao mundo como modelo de família cristã, a Sagrada Família de Nazaré. A família cristã é a união de pessoas batizadas. Pessoas, ao mesmo tempo, santas e pecadores em processo de santificação e que procuram viver da fé em Jesus. É no seio dessa família cristã que os filhos descobrem Deus, e principalmente que Deus é "Amor".
6 -Amigos: Se poucos, ou muitos, não importa. O que conta é a certeza de tê-los.
Amigos antigos, amigos novos, amigos de perto, amigos de longe... simplesmente, amigos. Gostar, por gostar mesmo. Querer estar junto, partilhar as alegrias, dividir os desabafos, somar o respeito, a gratidão, o amor. Amizade é isso, é querer bem. Nem a distância, nem o tempo, apagam o sentimento fiel de afeição. Feliz aquele que encontrou um amigo e sabe valorizar o efeito que causa uma boa amizade. É uma bênção de Deus. "Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro". (Eclo 6,14)
7 -Brasil. Esse Brasil tão grande, amado é meu país idolatrado terra de amor e promissão. Toda verde, toda nossa de carinho e coração. Na noite quente enluarada o sertanejo está sozinho e vai cantar pra namorada no lamento do seu ninho. E o sol que nasce atrás da serra, tarde inteira rumoreja cantando a paz da minha terra, a toada sertaneja. Este sol, este luar, estes rios e cachoeiras, estas flores, este mar este mundo de palmeiras. Tudo isto é teu, ó meu Brasil, Deus foi quem te deu, Ele por certo é brasileiro, brasileiro como eu."
Marcadores: Maravilhas
São muitos e numerosos os títulos com que o povo de Deus brindou a Mãe de Jesus e nossa também.
Hoje é a grande festa da Ordem dos Carmelitas e da grande família dos devotos de Nossa Senhora do Carmo. O monte Carmelo era célebre no Antigo Testamento pela sua rica vegetação, mas, sobretudo, porque foi teatro de grandes acontecimentos ao tempo do profeta Elias. Fugindo do ímpio rei Acab, Elias escondeu-se numa gruta do monte Carmelo e de lá viu a nuvenzinha da qual devia chover abundante água sobre a terra árida. Pela oração de Elias, no monte Carmelo caiu fogo do céu sobre seu holocausto, como prova evidente que Deus estava com ele e não com os falsos profetas (1Rs 18,1-40).
Segundo uma antiqüíssima tradição, lá se formou um mosteiro de profetas à espera da vinda do Messias. Verdade é que no monte Carmelo vivia uma comunidade de eremitas que, pelo cruzado Bertoldo, por volta do ano 1150, foi transformada em Ordem religiosa melhor adaptada aos costumes do Ocidente. Fugindo às perseguições dos sarracenos, os monges emigraram mais tarde para a Europa.
Na noite de 15 para 16 de julho de 1225 a Santíssima Virgem ordenou ao Papa Honório III que aprovasse sua Ordem. Como as perseguições não deixassem de molestar esses religiosos, São Simão Stock, seu sexto superior geral, implorou da Santíssima Virgem um sinal particular de sua proteção. Em 16 de julho de 1251, a Virgem Maria lhe indicou o escapulário como insígnia especial de seu amor maternal. Daí o nome de Festa do Escapulário dado à solenidade deste dia.
O escapulário é uma veste comum a muitas congregações religiosas mas particularmente distintiva da Ordem dos Carmelitas. Impõe-se hoje também um escapulário de formato pequeno a pessoas do mundo para lhes permitir que participem das grandes graças que a ele estão ligadas; entre outras, o privilégio sabatino.
Em sua bula chamada Sabatina, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir à sua morte. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.
A devoção a Nossa Senhora do Carmo é das mais antigas e espalhadas pelo mundo, sobretudo nos meios de origem espanhola.
A razão de ser da Igreja não é seu crescimento a qualquer custo. Sua missão, dada por Cristo, é a propagação do Evangelho, interpretando-o de acordo com o desejo de Seu Fundador.
Impressiona-me deveras como, de tempos em tempos, a exemplo de agora, por ocasião da visita do Santo Padre, Bento XVI, a imprensa passa a ter uma súbita preocupação com a Igreja Católica, notadamente no que respeita ao dito declínio do número de seus fiéis. Declínio, aliás, que não mais corresponde com a realidade, segundo última pesquisa do IBGE, que verificou ter-se estabilizado o números de fiéis católicos no Brasil.
Tal preocupação, porém, logo mostra o quão tendenciosa é. Os questionamentos que se dirigem à Igreja, através de seus sacerdotes e outras lideranças, é basicamente esse: "Se a Igreja tem perdido fiéis, a relativização de tais e tais pontos da doutrina não seria uma maneira de atraí-los de volta ou atrair novos?". A despeito da não-condizência com a realidade do declínio de fiéis e de uma avaliação maior acerca da eficácia da proposição, é de se refletir, antes de tudo, sobre a própria Santa Igreja Católica Apostólica, sua natureza e suas finalidades.
Ocorre que a Igreja não é o fim último de si mesma. A razão de ser da Igreja não é seu crescimento a qualquer custo. Sua missão, dada por Cristo, é a propagação do Evangelho, interpretando-o de acordo com o desejo de Seu Fundador. Obviamente, preocupa-se a Igreja com eventual evasão de fiéis, bem como com esses fiéis que evadem, mas não como uma preocupação meramente matemática. A Igreja quer, sim, crescer e desenvolver-se porque assim cumprirá sua missão. Também se preocupa com os fiéis que se afastam porque sabe que sua felicidade está em Cristo. A Igreja, preocupada com a felicidade dos fiéis, deseja-os em seu seio.
A Igreja, porém, só realiza sua natureza, sua essência e missão, quando transmite o Evangelho do Senhor, quando colabora na realização do Reino de Deus já neste mundo e rumo à Eternidade. Ela não pode, portanto, trair a mensagem de Seu Fundador, não pode reinventá-la, modificá-la, sob pretexto algum, ainda que seja para agradar fiéis ou infiéis. Se ela contrariasse sua doutrina, traindo a Palavra do Mestre, não mais portaria a Salvação, não mais levaria o Reino de Deus, a felicidade.
Se não mais está portando a verdade, a Salvação, o Reino, a felicidade, Deus, de nada mais adianta que os fiéis continuem fiéis. Vazia de sua essência, nada teria a dar ou fazer por aqueles que lhe fossem fiéis. Fiéis sem uma doutrina da verdade já não são mais fiéis. A Igreja mesmo, se não é para guardar e transmitir a Palavra do Senhor e, assim, realizar sua missão e implementar o Reino de Deus, perderia sua serventia. Tratar-se-ia de uma organização meramente humana, sem sentido e fadada à morte. Aí sim evadiriam os fiéis, pois nada teria a nau de Pedro que os pudesse atrair, mas tal fato já não seria um problema em si, porque não seria mais a Igreja de Cristo, portadora da Salvação.
Desse modo, se há fiéis que abandonam a Igreja, isso se dá em muito pelo afastamento do mundo de Cristo e da verdade. Não cabe à Igreja acompanhar o mundo nesse trajeto infeliz, cabe-lhe manter-se fiel e fazer brilhar o "esplendor da verdade", que nunca deixa de atrair aos que de coração aberto se deixam iluminar por ela.
A Igreja, dessa feita, não irá falsear a doutrina que sempre defendeu na busca de fiéis até porque de nada lhe adiantaria ter fiéis se já não fosse mais a Igreja de Cristo, aquela que, sob a liderança de Pedro, é capaz de ligar e desligar no Céu a partir do que ligar e desligar na terra e em relação a qual as portas do inferno não prevalecerão.
GUIMARÃES, Manoel Luiz Prates. Apostolado Veritatis Splendor...Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto. Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante. gualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão. Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois moedas de prata e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei. Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? Respondeu o doutor: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo.
O bom samaritano nos revela que a verdadeira atitude religiosa é reconhecer nos mais necessitados a presença do próprio é Deus. Amar a Deus, portanto, é a mesma coisa que amar o próximo. E o próximo não é uma questão de escolha, é aquele que aparece no nosso caminho. Sacerdote e levita escolhem, distanciando-se de quem devia se aproximar. E fazem isso acreditando agradar a Deus.
Pseudos cristãos têm comportamento semelhante. Não basta dizer: Senhor, Senhor. Decorar versículos e mais versículos, com o intuito de utilizar apenas como munição para atirar naqueles que são vistos como pecadores, não garante salvação para ninguém.
Quatro características deve ter o nosso amor ao próximo:
a. Sobrenatural: amamos os outros por amor a Deus, porque todo próximo é filho de Deus
b. Universal: devemos amar todos sem exceção (Jo 13,35)
c. Ordenado: começar por aqueles, que estão mais próximos de nós
d. Não somente externo, mas também interno: combater toda e qualquer aversão ou mal querença a quem quer que seja.
Marcadores: Igreja
Marcadores: Aniversário
Marcadores: Deus
“A contemplação de Cristo tem em Maria o seu modelo insuperável. O rosto do Filho pertence-lhe sob um título especial... à contemplação do rosto de Cristo ninguém se dedicou com a mesma assiduidade de Maria.”
(João Paulo II na Carta Apostólica “O Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria”, nº 10).
Esta reflexão de João Paulo II ajuda-nos a compreender, de forma bem real, a importância do testemunho de Maria na vida e na Obra salvífica do Senhor Jesus. De certa forma esta compreensão apela para um contato mais profundo com toda a elaboração do pensamento teológico da Igreja, desde os tempos apostólicos, a respeito da Virgem Maria.
A riqueza de textos, sempre partindo das Escrituras e por elas iluminados, ao longo destes 20 séculos, é imensa, é fascinante e não deixa de empolgar a quantos se dedicam ao contato com estes escritos, tanto na Tradição Latina como na Tradição Oriental.
Creio que foi o que aconteceu com o jovem Autor desta singela Obra mariana, nosso Carlão.
Estudioso da Doutrina Revelada desde sua adolescência, pesquisador incansável, mas acima de tudo um crente convicto e íntegro no seu testemunho de vida cristã, não resistiu ao toque interior da graça divina convocando-o à missão de evangelizar e dotando-o, para tanto, de um particular talento.
A propósito de um livro sobre Maria, de autoria de um pastor protestante, com a única preocupação de esclarecer a Doutrina Católica, e num agradável estilo dialogal, Carlão vai conduzindo o leitor atento pelos caminhos da autêntica Tradição que, sob a inspiração do Espírito Santo e à luz da Revelação bíblica, apresenta o real sentido dos dogmas marianos e sua importância na vida da Igreja de todos os tempos.
O estilo “epistolar”, pois trata-se de uma “carta ao pastor protestante”, é simples, bem constituído, o que certamente será de grande utilidade para os leitores compreenderem a Doutrina mariana de nossa Igreja.
Creio, também, que o fato de um jovem inteligente aplicar seu talento na apresentação e defesa da Fé Católica falará tanto ao coração e à mente dos leitores quanto o conteúdo do livro. É um sinal de vitalidade da Igreja, que nos enche de ânimo e de esperança.
Não será difícil imaginar o terno sorriso da Santa Mãe de Deus para este filho que tanto a ama, sorriso que sempre aponta para o Rosto Divino do Filho amado, Jesus Cristo a Quem seja dada toda a adoração, a glória e o louvor!
+ D. Fr. Alano Maria Pena O.P.
Arcebispo de Niterói.
Marcadores: Maria
Não existe um dia igual a outro, e é isso que faz com que cada momento seja único.
No meio do corre-corre, lembre-se que fazer uma pausa para olhar à sua volta e perceber a beleza de pequenas coisas que fazem parte do seu dia-a-dia.
Viva a preciosidade de cada momento e faça com que todos os seus dias sejam muito especiais!
Feliz aniversário!
Marcadores: Aniversário
Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros. Qual a razão última dessa mania de maledicência?
Talvez seja um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade. Diminuir o valor dos outros dá a grata ilusão de aumentar o seu valor próprio. Algumas pessoas não estão em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessitam medir o seu próprio valor desvalorizando o dos outros.
Essas pessoas julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.
Por isso só podem luzir nas trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca. Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor desvalorizando os outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo parecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente. Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, mitigar dores e traçar rotas seguras. Fala-se muito por falar, para “matar tempo”. A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades. Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, que cegas, atiraram-se sobre outras nações, transformando-as em ruínas. Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra. Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.
Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste. Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Pense nisso! Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas. Evitemos a censura. A maledicência começa na palavra de reprimenda inoportuna. Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente. Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por aviltar o caráter de quem com isso se compraz.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina. Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio.” (Lucas 6,45)
Marcadores: Maledicência
Entre os anos 50 e 60 o apóstolo Paulo tinha visitado a região da Galácia, no centro da Ásia Menor, atual Turquia. Surgiram comunidades cristãs que abraçaram a fé com grande entusiasmo.
Paulo lhes revelara Jesus crucificado, e eles tinham recebido o batismo, o qual os revestira de Cristo, comunicando-lhes a liberdade dos filhos de Deus. Eles “corriam bem” no novo caminho, como o próprio Paulo reconhece.
Depois, inesperadamente, buscam a própria liberdade por outros caminhos. Paulo fica admirado com o fato de eles terem voltado as costas a Cristo tão depressa. Daí o convite insistente para reencontrarem a liberdade que Cristo lhes tinha dado:
“Fostes chamados para a liberdade”
A que tipo de liberdade somos chamados? Já não podemos fazer o que queremos?
“Nunca fomos escravos de ninguém”, era o que diziam, por exemplo, os contemporâneos de Jesus quando Ele afirmava que a verdade trazida por Ele os tornaria livres. E Jesus respondera: “Todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado”1.
Existe uma escravidão traiçoeira, fruto do pecado, que prende o coração humano. Conhecemos bem a variedade de suas manifestações: a preocupação só consigo mesmo, o apego aos bens materiais, o hedonismo, o orgulho, a ira…
Sozinhos, jamais seremos capazes de nos libertar radicalmente dessa escravidão. A liberdade é um dom de Jesus: Ele nos libertou, fazendo-se nosso servo e dando a vida por nós. Daí o convite a sermos coerentes com a liberdade que nos foi dada.
Essa liberdade “não significa tanto a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, quanto de caminhar sempre mais rumo ao bem”, afirma Chiara Lubich, dirigindo-se aos jovens. E prossegue:
“Tenho constatado que o bem liberta, o mal escraviza. Ora, para ter a liberdade é preciso amar. Pois aquilo que nos torna mais escravos é o nosso eu.
Ao passo que, pensando sempre no outro, ou na vontade de Deus quando cumprimos os próprios deveres, ou no próximo, não pensamos em nós e somos livres de nós mesmos”2.
“Fostes chamados para a liberdade”
Como podemos, então, viver esta Palavra de Vida?
O próprio Paulo nos dá a indicação quando, logo após ter-nos lembrado que fomos chamados para a liberdade, explica que a mesma consiste em nos fazermos “escravos uns dos outros”, “pelo amor”, “pois toda a lei se resume neste único mandamento: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”3.
Esse é o paradoxo do amor: somos livres quando por amor nos colocamos a serviço dos outros; quando, contrariando os impulsos egoístas, nos esquecemos de nós mesmos e estamos atentos às necessidades dos outros.
Somos chamados à liberdade do amor: somos livres para amar! Sim, “para ter a liberdade é preciso amar”.
“Fostes chamados para a liberdade”
O bispo Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, preso por causa de sua fé, permaneceu encarcerado por 13 anos. Mas também aí ele se sentia livre, porque tinha sempre a possibilidade de amar, pelo menos, os carcereiros.
Ele mesmo conta: «Quando me isolaram dos outros companheiros na prisão, puseram cinco guardas para me vigiar, seguindo um rodízio. Dois deles sempre estavam comigo. Os seus chefes lhes haviam dito: “De quinze em quinze dias vocês serão substituídos por outro grupo, para não serem ‘contaminados’ por esse bispo perigoso”. Após algum tempo mudaram de idéia: “Não vamos mais fazer o rodízio, senão esse bispo ‘contaminará’ todos os soldados”.
No começo, os guardas não falavam comigo. Respondiam apenas sim ou não. Era realmente triste. (…) Evitavam falar comigo.
Uma noite, veio-me à mente um pensamento: “Francisco, você é muito rico, tem o amor de Cristo no coração; ame-os como Jesus amou você”.
No dia seguinte comecei a querer-lhes bem ainda mais, a amar Jesus na pessoa de cada um deles, sorrindo e trocando palavras gentis. Contei como tinham sido minhas viagens ao exterior (…) Quiseram aprender línguas estrangeiras, como o francês, o inglês… Em suma, os meus guardas tornaram-se meus alunos! 4»
Organização de Fabio Ciardi e Gabriella Fallacara
1) Cf. Jo 8,31-34);
2) Respostas às perguntas dos jovens, Palaeur, Roma, 20/05/1995;
3) Cf. Gl 5,13-14;
4) Testemunhas da Esperança, São Paulo: Cidade Nova, 2002, p. 82.
Marcadores: Palavra de Vida
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)