“Antes se criticava a substituição do ser pelo ter, hoje subimos mais um degrau na escalada das bobagens humanas: estamos na fase do aparentar ter”.
Cometer erros não é bom, mas pior é não aprender com eles. Os erros fazem
parte de todo processo de crescimento. E, quanto mais aprendermos com eles,
mais saudável será esse crescimento e, conseqüentemente, mais raros serão
os erros. Sabe-se que, durante a vida, não paramos de crescer. Mas não são
todos que aceitam que também não paramos de aprender. Durante a vida toda. Aprende-se aos dois anos, aos 15, aos 40, aos 80 anos. E isso serve para indivíduos, casais, grupos, empresas, corporações, governos.
Quando se instala o faz-de-conta, a conseqüência, cedo ou tarde, é o inevitável emburrecer. Ou seja: faz de conta que somos o centro do mundo, faz de conta que somos os reis da cocada preta, faz de conta que não erramos. E junto com a burrice vem a sua inseparável parceira, a arrogância.
SER, TER E PARECER – Antes, o ter conseguia substituir o ser. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer (aparência de saber, de fazer e de acreditar). A auto-estima pode estar baixa, mas as pessoas fazem pose de estar tudo bem.
Os heróis de verdade trabalham para realizar seus projetos de vida e não para impressionar os outros. Sabem pedir desculpas e admitir o erro.
Roberto Shinyashiki, autor de “Heróis de verdade”.
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