Doce Deleite



domingo, 31 de janeiro de 2010

Diário de uma viagem inesquecível - Brasília, parte IV


A porta do clube só abria às 22:00 h. Enquanto isso o pessoal estava tirando as fotos na parte externa do clube, que por sinal é deslumbrante. Quando bateu as 22:00 horas a porta ainda não havia sido Aberta. Os convidados e os protagonistas da festa estavam pra lá de impacientes.

Quando finalmente a porta se abriu, logo não hall principal de entrada, fomos recebidos com uma taça de champanhe. Nessa entrada havia um imenso candelabro com muitas velas acesas. Na mesa onde estavam servindo a champanhe, havia imensos vasilhames, creio que de prata, cheios de docinhos variados. Então fomos conduzidos até o salão pelo pessoal do cerimonial que indicava a localização das mesas que constava os nomes dos médicos recém formados.

Eram duas mesas para cada um, sendo a primeira retangular e mais extensa, onde havia, de ponta a ponta um arranjo de flores tropicais e mais uma bela armação que ia até o alto com velas acesas. A outra mesa era quadrada, bem menor, com um arranjo não menos bonito. Nelas constavam também uma foto de cada um. No centro do salão, havia um bar com pelo menos uns 10 garçons e garçonetes, todos jovens, paraservirem os coquitéis.

Assim que tomamos nossos lugares, começaram a nos servir com diversos petiscos, saladas, salgadinhos quentes, refrigerantes, chopp e água. O serviço não parava um só instante. Foi então anunciado que todos os concluintes se dirigissem com os pais ao andar de cima para dar início à festa. Cada concluinte que era anunciado descia ladeado pelos pais ao som de uma música previamente escolhida. Um corredor foi formado pelos convidados, do início da escadaria, até o salão. A torcida formada pelos familiares e amigos, era grande.

Quando chegou a vez de Lívia e Cinho, Foi uma emoção e tanto, pois eram dois irmãos se formando em medicina, ao mesmo tempo. Os quatro, desceram ao som de um forró, com Cinho ostentando uma bandeira do Fortaleza, seu clube do coração. Foi lindo demais, vibramos bastante. Quando foi anunciado o último concluinte, deu-se o início da valsa com os pais, em seguida com os parentes. Eu tive  direito a uma pequena rodada com o Cinho, pois o mulherio era demais para um só valsa. Já a Lili dançou com o pai e o avô.


Despois dessa pompa toda, começou a festa de fato. O conjunto começou tocar e cantar: "Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita: é bonita, e é bonita é bonita "...


E assim rolou uma festa com todo o entusiasmo dos presentes. Teve até um mini trio-elétrico no salão ao som de axés baianos. Enquanto isso o pessoal comia e bebia, bebia e comia. E ainda teve jantar e, depois do jantar, salgadinhos, refrigerantes, água, chopps. Finalmente chegou a vez dos docinhos serem devorados. E quem disse que o pessoal dava conta dos docinhos? Quanto mais comia-se docinhos, quanto mais levassem, os docinhos pareciam que se mutiplicavam. Nunca vi tanto docinhos juntos. Depois eu soube que foram 10.000. E ainda não acabou. Nessa mesma mesa, ainda era servido café com biscoitinhos.

Lá pelas tantas já tinha gente entregando os pontos. Eu era uma delas. Quando a condução chegou eu fui na primeira leva, pois já se passava das 03:00 h e a próxima seria às 05:00 h. Meus pés, àquela altura, já não aguentava mais com as sandálias apertando. Não via a hora de chegar em casa para descansar de uma dia carregado de "tantas emoções".

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22:09.
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sábado, 30 de janeiro de 2010

Diário de uma viagem inesquecível - Brasília, parte III


Hoje o dia promete. Estamos nos preparando para mais um turnê por Brasília.

Enquanto Zarely e Vinícius não vão buscar Cláudia aeroporto, Uma turma (e que turma) parte para mais um passeio. Combinamos de ir primeiro à torre de televisão, onde tem uma feira de artesanato e do Mirante dela podemos observar toda Brasília. Ficamos aguardar Claúdia de lá para depois seguirmos até uma outra feira, um dos Importados. Seguimos o roteiro.

Chegando lá, subimos até o mirante comtemplamos Brasília lá do alto. Tiramos bastante fotos. Quando Cláudia chegou partimos para uma tal Feira dos Importados, onde tudo lá é mais em conta. A única coisa que comprei foi uma sandália rasteira porque a que estava usando pela segunda vez, arrebentou nos meus pés. Como não tinha mais o que fazer, fiquei esperando a turma terminar com as compras. Até reunir todo mundo, lá se foi um bom tempo. E até chegar em casa, lá se foi outro, porque nunca vi uma condução tão viciada. Não tinha uma única vez que saíssemos que ela não tivesse que parar no meio do caminho para quebrar um galho de alguém. Aff! Mas enfim, faz parte. Onde tem muita gente reunida tem esses contratempos também.

Chegamos em casa pra lá de famintos, Isso sem contar que tinha que buscar Luciana aeroporto não. Bom, alguém enquanto foi pegar Luciana, uma tropa já faminta, foi almoçar. O cardápio nordestino constava de baião de dois, vinagrete, galeto molho, farofa ... Ah, cerveja teve muita cerveja,. Que turma pra gostar de cerveja!

Depois do almoço foi outro corre-corre para o salão de beleza. Graças a Deus que não precisei ir, porque seria mais uma maratona enfrentada ser um. A maioria do Mulherio já chegou em Brasília preparada. As que foram ao salão Estavam já lá há mais tempo. Rel Como que aproveitaram para descansar e ficaram como energias para a festa mais tarde.

No final da tarde começamos a nos preparar para irmos à festa. Quando ficamos prontos, tiramos fotos juntos, pois todos já Estavam reunidos, não faltava chegar mais ninguém. Quando a outra turma se aprontou nos dirigimos até a Van e fomos para o Clube do Exército. Que clube! Os médicos já então, Lívia e Cinho, Estavam já lá aguardando os pais, e para os demais parentes, as fotos. Lili estava radiante, lindíssima em seu tomara-que-caia azul e Cinho, super elegante, em seu smoking. Todos tivemos Direito a tirar fotos ao lado deles.

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09:30.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Diário de uma viagem inesquecível - Brasília, parte II


Quando a tarde vai findando, Vinícius começa a agitar o pessoal para que fiquem prontos logo, pois a condução  vem nos pegar, para irmos todos a Missa em Ação de Graças dos formandos Lili e Cinho. Nossa, Vinícius é fogo! Agitou tanto que chegamos adiantados como ele queria e, por causa disso, houve um contra-tempo com Lili, mas que, no final, deu tudo certo. A Missa foi linda! O local escolhido não poderia ter sido melhor. Foi no Santuário São Francisco de Assis.

Depois da Missa, Já na Van, fomos todos ao Aeroporto, buscar a irmã do Vinícius, Cristina, o marido dela, mais os três filhos. Chegamos em casa famintos, mas logo em seguida chegaram as pizzas para saciar nossa fome.

Sexta-feira: O dia amanheceu radiante. Pela manhã a van passou para nos pegar, para fazermos um tour. Eu já estive em Brasília, mas já faz um bom tempo. Foi bom rever novamente aqueles locais e tirar fotos na Esplanada dos Ministérios, com o Congresso Nacional ao fundo. Visitamos o Museu Nacional. A Catedral estava fechada, pois estava em reforma, assim como o Palácio do Planalto. Brasília está se preparando para o seu Cinquentenário. Ah, também estivemos lá no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.

À tarde nos preparamos para a Colação de Grau dos formandos. Pra variar, fomos de Van. O bom é que no trajeto nos divertimos bastante, pois, até chegar ao nosso destino, o Centro de Convenções, o caminho é longo, então aproveitamos bem essas oportunidades, já que é muito difícil reunir tanta gente querida ao mesmo tempo.

Chegamos finalmente no local e os meninos, Lívia e Vinicinho, Já estavam aguardando os pais, Zarely e Vinícius, para as fotos. Zarely estava pra lá de ansiosa até chegar lá, pois havia preparado cartazes, comprado bombas de confetes, para quando eles fossem receber o canudo. Quando chegamos lá, Dudu e sua turma já havia reservado os lugares para nós, na segunda fileira, um local privilegiado. Enquanto isso os formandos estavavam tirando fotos e todos da família tiraram fotos com eles. Depois tomamos nossos lugares para aguardar a entrada triunfal de cada um dos formandos que, por ordem alfabética, iam sendo anunciados e tomando seus lugares no palco, por trás da mesa onde se encontravam o representante do reitor, o paraninfo da turma e demais professores homenageados . Fazia parte da mesa o Embaixador da Nigéria, pois havia dois estudantes nigerianos, se formando.

A festa estava belíssima. A Colação de Grau dos Formandos da 79 ª turma de Medicina da UnB, foi emocionante. Longe de ser uma cerimônia enfadonha, foi um espetáculo à parte. A sala transpirava felicidade, todos estavam Radiantes. Alí teve de tudo: choros, risos, vibrações, torcidas, agradecimentos, abraços... Indescritível! Vivi momentos incríveis, divididos com todos que ali se encontram. Agora eles já não são mais formandos e sim, médicos, tudo graças ao esforço, renúncia, trabalho, noites mal dormidas ...

Mal terminou a festa, Vinícius foi lá correndo pro aeroporto para buscar Valdério e Cristiane. Pena que eles perderam um festa tão bonita. Fomos todos pra casa. Desta vez a festa foi regada a salgadinhos, pão de metro e muito refrigerante e cerveja. Enfim, terminou mais uma etapa. Lá se foi mais um dia de muitas emoções.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Brasília, cheguei!!!


Acordar às 04:00 h para pegar o voo das 05:15, chegar lá uma hora adiantada, ser recebida no aeroporto pela minha mana e cunhado pelo correio, casa chegarem ao ser recebida de braços abertos pelos meus sobrinhos lindos, NÃO TEM PREÇO! !

O dia estava apenas começando quando cheguei. A casa já estava repleta dos amigos dos sobrinhos que haviam dormido lá. Depois de mim, lá vai o Vinícius ea Zarely buscar mamãe e papai no aeroporto. Mais tarde é a vez do Valter, meu irmão do Rio de Janeiro.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Brasília lá vou eu


Nossa, estou contando as horas pra chegar aí. Vai ser bom demais!

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Plano da Intolerância



Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro

Iniciamos o novo século com muitas esperanças e sonhos. Pensávamos que o mundo tivesse chegado a um amadurecimento tal que pudéssemos conviver com o diferente e no respeito mútuo. Entre tantos acontecimentos intolerantes em todos os cantos do mundo, um deles foi simbólico: no início deste milênio, em março de 2001, foi destruída uma das maiores estátuas de Buda em pé já esculpidas pelo homem. Ficava no vale do Bamiyan, a 240 km de Cabul, no Afeganistão, e era do século V da era Cristã. Era também declarada como patrimônio da humanidade pela UNESCO. Havia duas e tinham 55 e 37 metros de altura. Os “donos do poder” da época acharam que não poderiam tolerar tal “idolatria” e não faziam parte da “cultura” do momento. Os governantes passaram e os responsáveis de hoje estão procurando reconstruir o que um dia foi destruído.

Em nosso país, infelizmente, há certa confusão com relação ao “Plano Nacional de Direitos Humanos”. Conheço e respeito as pessoas que o defendem e sei de suas boas intenções, mas não posso aceitar a idéia que passam com relação a o que significa a justa laicidade do Estado. Um dos objetivos do plano é o de “desenvolver mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União”, além de outras ideias que mereceriam ser ainda mais discutidas. A humanidade vai amadurecendo em suas convicções e passa a enxergar com mais clareza certas situações melhor que no passado. Não podemos viver com situações e realidades que já passaram. Necessitamos agora, neste momento da história da humanidade, de olhar para o futuro. Em relação a tantos questionamentos desse plano, fiquemos com esta única questão: sobre os símbolos religiosos.

Sei que devido às reações aos vários temas que foram desenvolvidos e colocados nesse “Plano” foram contestados por tantos setores de nosso país e a publicação provavelmente não sairá como decreto e sim como comunicação de sugestões. É bem provável também que esse assunto nem mesmo saia quando o próximo decreto for assinado. Porém, como sempre retornamos a esse assunto e, inclusive, é discutido e polemizado em muitas partes do mundo, creio que sempre é interessante lembrarmos algumas questões inerentes a isso. Teríamos muitas idéias e fatos a serem colocados – fatos com grande repercussão mundial – porém iniciaremos com algumas idéias que acredito que nos ajudem a perceber a importância do momento.
Um país laico é aquele que respeita todas as religiões e sabe também acolher a cultura de seu povo. Ditaduras intolerantes são aquelas que impõem ou uma única religião ou mesmo apenas o ateísmo. Na democracia todos podem se manifestar e são chamados a respeitar as ideias dos outros.

Em nosso país existem situações de exclusões mesmo com os que se dedicam a múltiplos trabalhos sociais, que não podem exercer sua cidadania justamente porque professam uma fé: deve-se criar outra instituição. Existem países, como a Alemanha, onde o estado não se alinha com nenhuma religião, mas promove e ajuda as mesmas enquanto fatores de promoção humana e social. Mesmo no estado nascido da revolução francesa, as declarações feitas em dezembro de 2007 pelo presidente Sarkozy foram históricas: “considero que uma nação que ignora a herança ética, espiritual, religiosa de sua história comete um crime contra a sua cultura, contra o conjunto de sua história, de patrimônio, de arte e de tradições populares que impregnam a tão profunda maneira de viver e pensar”, e acrescentou também: “a laicidade não deveria ser a negação do passado. Não tem o poder de tirar a França de suas raízes cristãs. Tentou fazê-lo. Não deveria.”

Porém, infelizmente, o que ora ocorre entre nós não é um início de um processo, e sim um passo a mais dentro de um plano muito mais amplo de destruição de nossas raízes históricas. Hoje, os mesmos que foram beneficiados pela cultura cristã do respeito à vida e à liberdade se insurgem contra a mesma tentando retirar seus sinais. Não poderão com decretos retirar do coração do nosso povo suas raízes, suas devoções, sua cultura e seus sentimentos.

Ora, a laicidade do Estado não pode ser sinônimo de intolerância para com a cultura em que se formou e se desenvolveu o Brasil e para com os símbolos que fazem parte de nossa história. Negar a nossa história e querer elaborar outra, ou mesmo dar-lhe outro significado, significa impor à população uma ideia concebida em laboratório com fins filosóficos claros.

A cultura cristã e católica integra a história de nosso país. Não tem como se negar a história, embora em muitos ambientes queira reinterpretá-la esvaziando-a dos verdadeiros valores nos quais se baseia nossa identidade. Em nosso atestado de batismo está uma Missa celebrada no alvorecer do Brasil, Terra de Santa Cruz! Temos nomes de cidades, ruas, locais e até mesmo em nossa bandeira ideias e símbolos ligados a diversos grupos que fazem parte de nossa história nacional. Há pouco tempo eu estava no Pará e uma das situações que me chamou a atenção foi justamente a história de um povo que conseguiu, mesmo com a globalização, preservar sua cultura, suas músicas, danças, sotaques, tradições e festejos religiosos que estão inseridos em sua alma e sua gente.

Trata-se, antes de tudo, de uma questão de preservação da memória de nossa história e das raízes culturais da nossa identidade brasileira. Querer coibir a ostentação dos símbolos da cultura que berçou e construiu a nossa história é, isto sim, um verdadeiro sinal de intolerância, que provoca o desenraizamento e promove uma ideologia que não ousa dizer o próprio nome. Não se vê, desse modo, necessidade alguma de “impedir a manifestação de símbolos religiosos nos estabelecimentos da União”.

Em alguns lugares do mundo é proibido até mesmo manifestar sua fé dentro de suas próprias residências. Os caminhos escolhidos para arrancar as nossas raízes e deixar nosso povo sem história são muito sérios e podem levar ainda mais a um tipo de sociedade não só mais intolerante, mas muito mais desenraizado e violento. Será que isso levaria também à destruição de muitas de nossas praças e monumentos que ostentam símbolos religiosos? Será que um dia, para vivenciarmos a fé em nosso país, teremos de nos esconder da vida pública?

O papel do Estado laico não é, de modo algum, o de promover uma ideologia laicista, como se o laicismo não fosse também uma forma de religião. É um grande engano achar que o laicismo, projeto de uma minoria que se mostra intolerante, é uma ideologia neutra. E não nos devemos esquecer jamais de que se o Estado é laico a sociedade brasileira não o é. Além de sua história profundamente ligada à fé cristã e católica, o povo brasileiro, em sua grande maioria, professa a fé que recebeu dos seus antepassados e se identifica com os símbolos que a expressam. A função do Estado laico, longe de ser a de provocar o desenraizamento cultural e religioso ou coibir a manifestação pública de símbolos religiosos, é a de garantir a liberdade religiosa à sociedade e a seus membros, em suas múltiplas manifestações, preservada a justa ordem pública e o respeito devido à diversidade.

Os símbolos demonstram também a formação do caráter de nosso povo que, se procurarmos em suas decisões diárias, encontraremos muitos textos do Evangelho que marcam o tipo de vida e nacionalidade, mesmo daqueles que não creem. É como se fosse o DNA de nossa civilização: 99% dos genes são comuns a todos nós. As diferenças são mínimas e quase nem se notam. Se é verdade que a natureza não dá saltos como comentam os cientistas, necessitamos de tomar muito cuidado com os “saltos” laboratoriais que podem ocasionar a nossa perda de identidade e cultura.

Qualquer pessoa ao chegar a um país e ver os seus monumentos e seus símbolos logo se depara com a sua realidade cultural, humana e religiosa. A Igreja sempre procurou e procura estar em defesa dos direitos e valores humanos, porém, apesar desse plano ter muitas teses importantes e interessantes, a dúbia direção ora escolhida é complexa e não ajudará em nada a continuar caminhando na direção de uma nação mais justa e solidária, que é o sonho comum de todos nós. E neste sentido os conhecidos atuais elaboradores deste “plano” sabem muito bem como a Igreja esteve ao seu lado e enfrentou perseguições sérias durante os históricos e duros momentos vividos com a falta de respeito à vida e à liberdade de pensamento.

Nestes dias estamos vivenciando a preparação para a festa de São Sebastião, devoção trazida há 445 anos por Estácio de Sá para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Teríamos como contar a história da cidade maravilhosa sem esses dados? Aliás, é só pesquisar a história da maioria de nossas cidades para ver onde estão as fontes e as inspirações.

A estátua do Cristo Redentor, que, do cume do Corcovado, a 710 metros de altura, ergue-se como uma maravilha do mundo moderno e um símbolo de identificação do Rio de Janeiro e do Brasil, é o nosso Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor do Corcovado, local de peregrinações, orações, celebrações e manifestação da fé do povo brasileiro. Iniciamos uma campanha para a restauração desse monumento, preparando-o para os grandes eventos que ocorrerão futuramente em nossa Cidade Maravilhosa. É um símbolo não só do Rio de Janeiro, mas do Brasil.

Que a fé cristã, simbolizada nesse sinal, que nada ofende as pessoas, seja para todos nós um anúncio de alegre acolhimento na construção da paz e da fraternidade e que acolhe e dá a todos as boas vindas de um povo feliz, livre e que quer viver e construir a paz!

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Último discurso, não proferido, da Dra Zilda Arns



Agradeço o honroso convite que me foi feito. Quero manifestar minha grande alegria por estar aqui com todos vocês em Porto Príncipe, Haiti, para participar da assembleia de religiosos.

Como irmã de dois franciscanos e de três irmãs da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, estou muito feliz entre todos vocês. Dou graças a Deus por este momento.

Na realidade, todos nós estamos aqui, neste encontro, porque sentimos dentro de nós um forte chamado para difundir ao mundo a boa notícia de Jesus. A boa notícia, transformada em ações concretas, é luz e esperança na conquista da paz nas famílias e nas nações. A construção da paz começa no coração das pessoas e tem seu fundamento no amor, que tem suas raízes na gestação e na primeira infância, e se transforma em fraternidade e responsabilidade social.

A paz é uma conquista coletiva. Tem lugar quando encorajamos as pessoas, quando promovemos os valores culturais e éticos, as atitudes e práticas da busca do bem comum, que aprendemos com nosso mestre Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).

Espera-se que os agentes sociais continuem, além das referências éticas e morais de nossa Igreja, a ser como ela, mestres em orientar as famílias e comunidades, especialmente na área da saúde, educação e direitos humanos. Deste modo, podemos formar a massa crítica das comunidades cristãs e de outras religiões em favor da proteção da criança desde a concepção, e mais excepcionalmente até os seis anos, e do adolescente. Devemos nos esforçar para que nossos legisladores elaborem leis e os governos executem políticas públicas que incentivem a qualidade da educação integral das crianças e saúde, como prioridade absoluta.

O povo seguiu Jesus porque ele tinha palavras de esperança. Assim, nós somos chamados para anunciar as experiências positivas e os caminhos que levam as comunidades, famílias e pais a serem mais justos e fraternos.

Como discípulos e missionários, convidados a evangelizar, sabemos que força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da Lei de Deus: o amor, expressado na solidariedade fraterna, capaz de mover montanhas: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos” significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena, prioritariamente daqueles que mais necessitam. Somar esforços para alcançar os objetivos, servir com humildade e misericórdia, sem perder a própria identidade. Todo esse caminho necessita de comunicação constante para iluminar, animar, fortalecer e democratizar nossa missão de fé e vida. Cremos que esta transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças. Este desenvolvimento começa quanto a criança se encontra ainda no ventre sagrado da sua mãe. As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças.

Não é por nada que disse Jesus: “… se vocês não ficarem iguais a estas crianças, não entrará no Reino dos Céus” (MT 18,3). E “deixem que as crianças venham a mim, pois deles é o Reino dos Céus” (Lc 18, 16).

Hoje vou compartilhar com vocês uma verdadeira história de amor e inspiração divina, um sonho que se fez realidade. Como ocorreu com os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35), “Jesus caminhava todo o tempo com eles. Ele foi reconhecido a partir do pão, símbolo da vida.” Em outra passagem, quando o barco no Mar da Galileia estava prestes a afundar sob violentas ondas, ali estava Jesus com eles, para acalmar a tormenta. (Mc 4, 35-41).

Com alegria vou contar o que “eu vi e o que tenho testemunhado” a mais de 26 anos desde a fundação da Pastoral da Criança, em setembro de 1983.

Aquilo que era uma semente, que começou na cidade de Florestópolis, Estado do Paraná, no Brasil, se converteu no Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, presente em 42 mil comunidades pobres e nas 7.000 paróquias de todas as Dioceses da Brasil.

Por força da solidariedade fraterna, uma rede de 260 mil voluntários, dos quais 141 mil são líderes que vivem em comunidades pobres, 92% são mulheres, e participam permanentemente da construção de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno, em serviço da vida e da esperança. Cada voluntário dedica em média 24 horas ao mês a esta missão transformadora de educar as mães e famílias pobres, compartilhar o pão da fraternidade e gerar conhecimentos para a transformação social.

O objetivo da Pastoral da Criança é reduzir as causas da desnutrição e a mortalidade infantil, promover o desenvolvimento integral das crianças, desde sua concepção até o seis anos de idade. A primeira infância é uma etapa decisiva para a saúde, a educação, a consolidação dos valores culturais, o cultivo da fé e da cidadania com profundas repercussões por toda a vida.

Um pouco de história:

Sou a 12ª de 13 irmãos, cinco deles são religiosos. Três irmãs religiosas e dois sacerdotes franciscanos. Um deles é D. Paulo Evaristo, o Cardel Arns, Arcebispo emérito de São Paulo, conhecido por sua luta em favor dos direitos humanos, principalmente durante os vinte anos da ditadura militar do Brasil.

Em maio de 1982, ao voltar de uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, D. Paulo me chamou pelo telefone à noite. Naquela reunião, James Grant, então diretor executivo da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), falou com insistência sobre o soro oral. Considerado como o maior avanço da medicina no século passado, esse soro era capaz de salvar da morte milhões de crianças que poderiam morrer por desidratação devido a diarreia, uma das principais causas da mortalidade infantil no Brasil e no mundo. James Grant conseguiu convencer a D. Paulo para que motivasse a Igreja Católica a ensinar as mães a preparar e administrar o soro oral. Isto podia salvar milhares de vidas.

Viúva fazia cinco anos, eu estava, naquela noite histórica, reunida com os cinco filhos, entre os nove e dezenove anos, quando recebi a chamada telefônica do meu irmão D. Paulo. Ele me contou o que havia passado e me pediu para refletir sobre ele. Como tornar realidade a proposta da Igreja de ajudar a reduzir a morte das crianças? Eu me senti feliz diante deste novo desafio. Era o que mais desejava: educar as mães e famílias para que soubessem cuidar melhor de seus filhos!

Creio que Deus, de certo modo, havia me preparado para esta missão. Baseada na minha experiência como médica pediatra e especialista em saúde pública e nos muitos anos de direção dos serviços públicos de saúde materna-infantil, compreendi que, além de melhorar a qualidade dos serviços públicos e facilitar às mães e crianças o acesso a eles, o que mais falta fazia às mães pobres era o conhecimento e a solidariedade fraterna, para que pudessem colocar em prática algumas medidas básicas simples e capazes de salvar seus filhos da desnutrição e da morte, como por exemplo a educação alimentar e nutricional para as grávidas e seus filhos, a amamentação materna, as vacinas, o soro caseiro, o controle nutricional, além dos conhecimentos sobre sinais e sintomas de algumas doenças respiratórias e como as prevenir.

Me vem à mente então a metodologia que utilizou Jesus para saciar a fome de 5.000 homens, sem contar as mulheres e as crianças. Era noite e tinham fome. Os discípulos disseram a Jesus que o melhor era que deixassem suas casas, mas Jesus ordenou: “Dai-lhes vós de comer”. O apóstolo Felipe disse a Jesus que não tinham dinheiro para comprar comida para tanta gente. André, irmão de Simão, sinalou a uma criança que tinha dois peixes e cinco pães. E Jesus mandou que se sentassem em grupos de cinquenta a cem pessoas (em pequenas comunidades). Então pensei: “Por que morrem milhões de crianças por motivos que podem facilmente ser prevenidos? O que faz com que eles se tornem criminosos e violentos na adolescência?”

Recordei o inicio da minha carreira, quando me desafiei a querer diminuir a mortalidade infantil e a desnutrição. Vieram a minha mente milhares de mães que trocaram o leite materno pela mamadeira diluída em água suja. Outras mães que não vacinam seus filhos, quando não havia ainda cesta básica no Centro de Saúde. Outras mães que limpavam o nariz de todos os seus filhos com o mesmo pano, ou pegavam seus filhos e os humilhavam quando faziam xixi na cama. E, ainda mais triste, quando o pai chegava em casa bêbado. Ao ouvir o grito de fome e carinho de seus filhos, os venciam mesmo quando eram muito pequenos. Sabe-se, segundo resultados de pesquisas da OMS (Organização Mundial da Saúde), cuja publicação acompanhei em 1994, que as crianças maltratadas antes de um ano de idade têm uma tendência significativa para violência, e com frequência fazem crimes antes dos 25 anos.

A Igreja, que somos todos nós, que devíamos fazer?
Tive a seguridade de seguir a metodologia de Jesus: organizar as pessoas em pequenas comunidades; identificar líderes, famílias com grávidas e crianças menores de seis anos. Os líderes que se dispusessem a trabalhar voluntariamente nessa missão de salvar vidas, seriam capacitados, no espírito da fé e vida, e preparados técnica e cientificamente, em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Seriam acompanhados em seu trabalho para que não se desanimassem. Teriam a missão de compartilhar com as famílias a solidariedade fraterna, o amor, os conhecimentos sobre os cuidados com as grávidas e as crianças, para que estes sejam saudáveis e felizes. Assim como Jesus ordenou que considerassem se todos estavam saciados, tínhamos que implantar um sistema de informações, com alguns indicadores de fácil compressão, inclusive para líderes analfabetos ou de baixa escolaridade. E vi diante de mim muitos gestos de sabedoria e amor apreendidos com o povo.

Senti que ali estava a metodologia comunitária, pois podia se desenvolver em grande escala pelas dioceses, paróquias e comunidades. Não somente para salvar vidas de crianças, mas também para construir um mundo mais justo e fraterno. Seria a missão do “Bom Pastor”, que estão atentos a todas as ovelhas, mas dando prioridade àquelas que mais necessitam. Os pobres e os excluídos.

Naquela maravilhosa noite, desenhei no papel uma comunidade pobre, onde identifique famílias com grávidas e filhos menores de seis anos e lideres comunitários, tanto católicos como de outras confissões e culturas, para levar adiante ações de maneira ecumênica, pois Jesus veio par que “todos tenham Vida e Vida em abundância” (João 10,10). Isto é o que precisa ser feito aqui no Haiti: fazer um mapa das comunidades pobres, identificar as crianças menores de 6 anos e suas famílias e lideres comunitários que desejam trabalhar voluntariamente.

Desde a primeira experiência, a Pastoral da Criança cultivou a metodologia de Jesus, que é aplicada em grande escala. No Brasil, em mais de 40 mil comunidades, de 7.000 paróquias de todas as 272 diocese e prelazias. Está se estendendo a 20 países. Estes são, na América Latina e no Caribe: Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Peru, Venezuela, Guatemala, Panamá, República Dominicana, Haiti, Honduras, Costa Rica e México; na África: Angola, Guiné-Bissau, Guiné Conakry e Moçambique, e na Ásia: Filipinas e Timor Leste.

Para organizar melhor e compartilhar as informações e a solidariedade fraterna entre as mães e famílias vizinhas, as ações se baseiam em três estratégias de educação e comunicação: individual, de grupo e de massas. A Pastoral da Criança utiliza simultaneamente as três formas de comunicação para reforçar a mensagem, motivar e promover mudanças de conduta, fortalecendo as famílias com informações sobre como cuidar dos filhos, promovendo a solidariedade fraterna.

A educação e comunicação individual se fazem através da “Visita Domiciliar Mensal nas famílias” com grávidas e filhos. Os líderes acompanham as famílias vizinhas nas comunidades mais pobres, nas áreas urbanas e rurais, nas aldeias indígenas e nos quilombos, e nas áreas ribeirinhas do Amazonas. Atravessam rios e mares, sobem e descem montes de encostas íngremes, caminham léguas, para ouvir os clamores das mães e famílias, para educar e fortalecer a paz, a fé e os conhecimentos. Trocam ideias sobre saúde e educação das crianças e das grávidas; ensinam e aprendem.

Com muita confiança e ternura, fortalecem o tecido social das comunidade, o que leva a inclusão social.

Motivados pela Campanha Mundial patrocinadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1999, com o tema “Uma vida sem violência é um direito nosso”, a Pastoral da Criança incorporou uma ação permanente de prevenção da violência com o lema “A Paz começa em casa”. Utilizou como uma das estratégias de comunicação a distribuição de seis milhões de folhetos com “10 Mandamentos para alcançar a paz na família”, debatíamos nas comunidades e nas escolas, do norte ao sul do país.

As visitas, entre tantas outras ações, servem para promover a amamentação materna, uma escola de dialogo e compartilhar, principalmente quando se dá como alimento exclusivo até os seis meses e se continua dando como alimento preferencial além de um ano, inclusive além dos dois anos, complementarmente com outros alimentos saudáveis. A sucção adapta os músculos e ossos para uma boa dicção, uma melhor respiração e uma arcada dentária mais saudável. O carinho da mãe acariciando a cabeça do bebe melhora a conexão dos neurônios. A psicomotricidade da criança que mama no peito é mais avançada. Tanto é assim que se senta, anda e fala mais rápido, aprende melhor na escola. É fator essencial para o desenvolvimento afetivo e proteção da saúde dos bebês, para toda a vida. A solidariedade desponta, promovida pelas horas de contato direto com a mãe. Durante a visita domiciliar, a educação das mulheres e de seus familiares eleva a autoestima, estimula os cuidados pessoais e os cuidados com as crianças. Com esta educação das famílias se promove a inclusão social.

A educação e a comunicação grupal têm lugar em cada mês em milhares de comunidades. Esse é o Dia da Celebração da Vida. Momento dedicado ao fortalecimento da fé e da amizade entre famílias. Além do controle nutricional, estão os brinquedos e as brincadeiras com as crianças e a orientação sobre a cidadania. Neste dia as mães compartilham práticas de aproveitamento adequado de alimentos da região de baixo custo e alto valor nutritivo. As frutas, folhas verdes, sementes e talos, que muitas vezes não são valorizados pelas famílias.

Outra oportunidade de formação de grupo é a Reunião Mensal de Reflexão e Evolução dos líderes da comunidade. O objetivo principal desta reunião é discutir e estabelecer soluções para os problemas encontrados.

Essas ações integram o sistema de informação da Pastoral da Criança para poder acompanhar os esforços realizados e seus resultados através de Indicadores. A desnutrição foi controlada. De mais de 50% de desnutridos no começo, hoje está em 3,1%. A mortalidade infantil foi drasticamente reduzida e hoje está em 13 mortos por mil nascidos vivos nas comunidades com Pastoral da Criança. O índice nacional é 2,33, mas se sabe que as mortes em comunidades pobres, onde estão a Pastoral da Criança, é maior que na média geral. Em 1982, a mortalidade infantil no Brasil foi 82,8 por mil nascidos vivos. Estes resultados têm servido de base para conquistar entidades, como o Ministério da Saúde, Unicef, Banco HSBC, e outras empresas. Elas nos apoiam nas capacitações e em todas as atividades básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. O custo criança/mês é de menos de US$ 1.

Em relação à educação e à comunicação de massas apresentará três experiências concretas de como a comunicação é um instrumento de defesa dos direitos da infância.

Materiais impressos

O material impresso foi concebido especificamente para ajudar a formação do líder da Pastoral da Criança. Os instrutores e os multiplicadores servem como ferramenta de trabalho na tarefa de guiar as famílias e comunidades sobre questões de saúde, nutrição, educação e cidadania. Além do Guia da Pastoral da Criança, se colocou em marcha publicações como o Manual do Facilitador, Brinquedos e Jogos, Comida e as Hortas Familiares, alfabetização de jovens e adultos e mobilização social.

O jornal da Pastoral da Criança, com tiragem mensal de cerca de 280 mil — ou seja 3 milhões e 300 mil exemplares por ano — chega a todos os líderes da Pastoral da Criança. É uma ferramenta para a formação continua.

O Boletim Dicas abarca questões relacionadas com a saúde e a educação para cidadania. Este especialmente concebido para os coordenadores e capacitadores da Pastoral da Criança. Cada publicação chega a 7.000 coordenadores.

Para ajudar na vigilância das mulheres grávidas, a Pastoral da Criança criou os laços de amor, cartões com conselhos sobre a gravidez e um parto saudável.

Outros materiais impressos de grande impacto social é o folheto com os 10 mandamentos para a Paz na Família, 12 milhões de folhetos foram distribuídos nos últimos anos.

Além desses materiais impressos, se envia para as comunidades da Pastoral da Criança material para o trabalho de pesagem das crianças, objetos como balanças e também colheres de medir para a reidratarão oral e sacos de brinquedos para as crianças brincarem no dia da celebração da vida.

Material de som e vídeo

Outra área em que a Pastoral da Criança produz materiais é de som e a produção de filmes educativos. O Show ao vivo da Rádio da Vida, produzido e gravado no estúdio da Pastoral da Criança, chega a milhões de ouvintes em todo Brasil. Com os temas de saúde, de educação na primeira infância e a transformação social, o programa de rádio Viva a Vida se transmite semanalmente 3.740 vezes. Estamos “no ar”, de 2.310 horas semanais em todo Brasil. Além disso, o Programa Viva a Vida também se executa em vários tipos de sistemas de som de CD e aparados nas reuniões de grupo.

A Pastoral da Criança também produz filmes educativos para melhorar e dar conhecimento de seu trabalho nas bases. Atualmente há 12 títulos produzidos que se ocupam na prevenção da violência contra as crianças, comida saudável, na gravidez, e na participação dos Conselhos Municipais de Saúde, na preservação da AIDS e outros.

Campanhas

A Pastoral da Criança realiza e colabora em várias campanhas para melhorar a qualidade de vida das mulheres grávidas, famílias e crianças. Estes são alguns exemplos:

a. Campanhas de sais de reidratação oral

b. Campanha de Certidão de Nascimento: a falta de informação, a distância dos escritórios e a burocracia fazem com que as pessoas fiquem sem uma certidão de nascimento. A mobilização nacional para o registro civil de nascimento, que une o Estado brasileiro e a sociedade, [busca] garantir a cada cidadão de pleno direito o nome e os direitos.

c. Campanha para promover o aleitamento materno: o leite materno é um alimento perfeito que Deus colocou à disposição nos primeiros anos de vida. Permanentemente, a Pastoral da Criança promove o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e, em seguida, continuar, com outros alimentos. Isso protege contra doenças, desenvolve melhor e fortalece a criança.

d. Campanha de prevenção da tuberculose, pneumonia e hanseníase: as três doenças continuam a afetar muitas crianças e adultos em nosso país. A Pastoral da Criança prepara materiais específicos de comunicação para educar o público sobre sintomas, tratamento e meios de prevenção destas doenças.

e. Campanha de Saneamento: o acesso à água potável e o tratamento de águas residuais contribuem para a redução da mortalidade infantil. A Pastoral da Criança, em colaboração com outros organismos, mobiliza a comunidade para a demanda por tais serviços a governos locais e usa os meios ao seu dispor para divulgar informações relacionadas ao saneamento.

f. Campanha de HIV/Aids e Sífilis: o teste do HIV/Aids e sífilis durante o pré-natal permite a redução de 25% para 1% do risco de transmissão para o bebê. A Pastoral da Criança apoia a campanha nacional para o diagnóstico precoce destas doenças.

g. Campanha para a Prevenção da morte súbita de bebês “Dormir de barriga para cima é mais seguro”: Com a finalidade de alertar sobre os riscos e evitar até 70% das mortes súbitas na infância, a Pastoral da Criança lançou esta grande campanha dirigida às famílias para que coloquem seus bebês para dormir de barriga para cima.

h. Campanha de Prevenção do Abuso Infantil: Com esta campanha, a Pastoral da Criança esclarece as famílias e a sociedade sobre a importância da prevenção da violência, espancamentos e abuso sexual. Esta campanha inclui a distribuição de folheto com os dez mandamentos para a paz na família, como um incentivo para manter as crianças em uma atmosfera de paz e harmonia.

i. Campanha - 20 de novembro, dia de oração e de ação para as crianças: A Pastoral da Criança participa dos esforços globais para a assistência integral e proteção a crianças e adolescentes, em colaboração com a Rede Mundial de Religiões para a Infância (GNRC).

Em dezembro de 2009, completei 50 anos como médica e, antes de 2002, confesso que nunca tinha ouvido falar em qualquer programa da Unicef ou da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou de outra agência da Organização das Nações Unidas (ONU), que estimulasse a espiritualidade como um componente do desenvolvimento pessoal. Como um dos membros da delegação do Brasil na Assembleia das Nações Unidas em 2002, que reuniu 186 países, em favor da infância, tive a satisfação de ouvir a definição final sobre o desenvolvimento da criança, que inclui o seu “desenvolvimento físico, social, mental, espiritual e cognitivo”. Este foi um avanço, e vem ao encontro do processo de formação e comunicação que fazemos na Pastoral da Criança. Neste processo, vê-se a pessoa de maneira completa e integrada em sua relação pessoal com o próximo, com o ambiente e com Deus.

Estou convencida de que a solução da maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, com a eliminação da corrupção, a promoção da justiça social, o acesso à saúde e à educação de qualidade, ajuda mútua financeira e técnica entre as nações, para a preservação e restauração do meio ambiente. Como destaca o recente documento do papa Bento 16, “Caritas in veritate” (Caridade na verdade), “a natureza é um dom de Deus, e precisa ser usada com responsabilidade.” O mundo está despertando para os sinais do aquecimento global, que se manifesta nos desastres naturais, mais intensos e frequentes. A grande crise econômica demonstrou a inter-relação entre os países.

Para não sucumbir, exige-se uma solidariedade entre as nações. É a solidariedade e a fraternidade aquilo de que o mundo precisa mais para sobreviver e encontrar o caminho da paz.

Final

Desde a sua fundação, a Pastoral da Criança investe na formação dos voluntários e no acompanhamento de crianças e mulheres grávidas, na família e na comunidade. Atualmente, existem 1.985.347 crianças, 108.342 mulheres grávidas de 1.553.717 famílias. Sua metodologia comunitária e seus resultados, assim como sua participação na promoção de políticas públicas com a presença em Conselhos de Saúde, Direitos da Criança e do Adolescente e em outros conselhos levaram a mudanças profundas no país, melhorando os indicadores sociais e econômicos. Os resultados do trabalho voluntário, com a mística do amor a Deus e ao próximo, em linha com nossa mãe terra, que a todos deve alimentar, nossos irmãos, os frutos e as flores, nossos rios, lagos, mares, florestas e animais. Tudo isso nos mostra como a sociedade organizada pode ser protagonista de sua transformação. Neste espírito, ao fortalecer os laços que ligam a comunidade, podemos encontrar as soluções para os graves problemas sociais que afetam as famílias pobres.

"Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los".



Muito Obrigada!
Que Deus esteja convosco!
Dra. Zilda Arns Neumann
Médica pediatra e especialista em Saúde Pública
Fundadora e Coordenadora da Pastoral da Criança Internacional
Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa

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Posição da CNBB



A CNBB reafirma sua posição, muitas vezes manifestada, em defesa da vida e da família, e contrária à descriminalização do aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção de crianças por casais homoafetivos. Rejeita, também, a criação de “mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União”, pois considera que tal medida intolerante pretende ignorar nossas raízes históricas.

Por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, imploramos as luzes de Deus, para que, juntos, possamos construir uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Brasília, 15 de janeiro de 2010


Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Zilda Arns: a mártir em defesa da vida



"Zilda Arns: a mártir em defesa da vida quando estão em evidência os mensageiros da morte".

A médica e militante católica Zilda Arns e outros 11 militares morreram no terremoto do Haiti. Falarei sobre o sentido, ou falta dele, da missão brasileira naquele país em outro post. Quero centrar minhas atenções um tantinho em Zilda.

Todos conhecem o formidável trabalho que esta mulher fez à frente da Pastoral da Criança. Uma ação de inequívoco apelo social, mas também de grandeza moral. Em vez de usar as dificuldades da população pobre como matéria de proselitismo, a exemplo de um sem-par de ONGs movidas a vigarice política, Zilda seguia a máxima cristã: deixava-se conhecer pela Palavra, mas também pela obra. A famosa “farinha múltipla” salvou certamente milhares de vidas. Como poderia dizer o grande poeta Bruno Tolentino, não é “mundo como idéia” que faz a realidade; é a realidade que fornece os elementos para que possamos conceituá-la. Zilda, como se diz, metia a mão na massa, trabalhava efetivamente para minorar o sofrimento daquelas pessoas que as esquerdas preferem chamar “os oprimidos”.

Não faz tempo, no surto de boçalidade que volta e meia toma conta do debate, especialmente na nossa gloriosa imprensa, Zilda chegou a ser tratada com certo menoscabo. A médica católica, a trabalhadora incansável em defesa das crianças, cometia dois pecados imperdoáveis para os brutos, para os ignorantes: era contra o aborto e se opunha à aprovação das pesquisas com células-tronco embrionárias. Em abril de 2008,  o Conselho Nacional de Saúde, instância deliberativa do SUS, aprovou a pesquisa. Dos 39 conselheiros presentes, só houve um voto contrário: o de Zilda.

São “brutos” e “ignorantes” todos os que não concordam com o seu ponto de vista? Não! A estupidez está em não reconhecer que a posição da médica  — que, sim, de fato, também é a minha — está assentada numa ética muito sólida, que não aceita negociar com a vida humana, qualquer que seja o pretexto. “Mas isso não é negociar etc”. Ok, estamos diante de um bom debate. Neste blog mesmo, como sabem, publico opiniões contrárias à minha, desde que o interlocutor não opte pela demonização do contraditório. É inaceitável, por exemplo, que se tente transformar a divergência num choque de “modernos” e “atrasados”. Porque isso me obrigaria a indagar se matar o feto é “moderno” em qualquer mês de gestação — o nono, por exemplo… Não sendo, o que distingue, essencialmente, o feto do nono mês do feto do, sei lá, segundo?
Bem, não quero retomar aqui, não agora, o longo debate envolvendo esses dois temas. O que pretendo reiterar é que Zilda Arns foi um exemplo notável de coerência, de dedicação à causa dos direitos humanos. Zilda morre, em missão num país paupérrimo, no momento em que as múmias bolcheviques, com o traseiro posto em suas cadeiras e a cabeça voltada para utopias liberticidas, incluem o descriminação do aborto como um dos “direitos humanos” — O QUE É UM ESCÂNDALO —, morre a médica do “passo”, não  a do “paço”, para ficar numa distinção de Padre Vieira; morre a médica que caminhava para levar assistência aos necessitados, em vez de se aboletar nos palácios.

Enquanto a esquerda de gabinete celebrava a sua tara pela morte naquele decreto vagabundo, Zilda celebrava a vida no Haiti. Os contrastes são ainda mais evidentes: enquanto ela morreu para dar a vida — e se opunha ao aborto —, outros viveram para matar, consideram o aborto uma redenção e tentam impô-lo à sociedade como medida de mero bom senso. Zilda se torna, assim, simbolicamente, uma espécie de mártir da causa da vida; os promotores do tal decreto se tornam, assim, agentes da morte.

Quando leio o que dizem algumas senhores pró-aborto de um movimento chamado “Católicas Pelo Direito de Decidir”, confesso que sinto certa sublevação estomacal. Em primeiríssimo lugar, quem é católico MESMO sabe que não tem “direito de decidir” sobre essa matéria. Zilda sabia: o ÚNICO caminho é a subordinação à doutrina.  Em segundo lugar, as pessoas são livres, aí sim, para renunciar ao catolicismo, que é uma escolha, não uma imposição.

Zilda morreu como viveu: servindo ao próximo, mudando objetivamente a vida das pessoas, atuando em favor dos mais necessitados, sem deixar que as condições as mais extremas abalassem a sua fé, os seus princípios, a sua disciplina católica. Mas não faltará, vocês verão, quem vá buscar ambigüidades em sua atuação, tentando ver uma antítese entre essa abnegação e sua subordinação aos princípios doutrinários da Igreja Católica.

Contradição? Zilda viveu a inteireza da experiência católica: deixou-se conhecer pela Palavra e pelas Obras. Foi, acima de tudo, coerente. E celebramos a sua obra e a sua fé.

"Há quem pretenda, em nome da tolerância (???), eliminar os crucifixos das repartições públicas, como se fosse outra a história do Brasil. E há as pessoas que preferem levar adiante a mensagem da Cruz. A primeira escolha faz as Dilmas; a segunda, as Zildas. Umas tentaram melhorar o mundo com as VPRs da vida (ou da morte); outras, com a Pastoral da Criança. No texto que Dilma assina, está a defesa do aborto. No texto que Zilda assina, a proteção à vida desde a concepção".
(Reinaldo Azevedo)

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Mariápolis Celeste


Lucy Suruagy Monteiro partiu ontem para o paraíso. Focolarina, casada com José Adolfo, mãe de oito filhos, sendo dois também focolarinos casados. Ela foi a primeira focolarina casada no Brasil.
A ela a nossa imensa gratidão por todo o Amor que sempre dedicou às famílias e à grande família de Chiara.
A Mariapolis celeste esta ficando cada vez mais rica com a presença de tantas pessoas que conhecemos e amamos e que  nos ajudarao na caminhada na construçao de uma nova humanidade.

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domingo, 10 de janeiro de 2010

O famigerado PNDH-3



Luiz Inácio Lula da Silva -  “O Cara” - resolveu fazer a sua própria Constituição. Ele assinou um decreto que tem o fedor de um golpe de estado branco. E não falta ao texto nem mesmo o AI-5 do lulo-petismo. Está anunciando uma espécie de programa de governo de Dilma Rousseff.

Diversos setores têm se manifestado  contrários às propostas presentes no 3º Programa Nacional dos Direitos Humanos.


Uma onda de protestos foi gerada com o lançamento do decreto que cria o PNDH-3,  lançado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva dia 21 de dezembro passado. Os militares tem qualificado o programa como "insultuoso, agressivo e revanchista" em relação às Forças Armadas. O ministro Reinhold Stephanes (Agricultura), diz que plano de direitos humanos cria "insegurança jurídica" ao modificar regras para a reintegração de posse de terras invadidas no país. Para o ministro, o plano mostra um “preconceito” do governo Lula em relação à agricultura comercial do país. Sobre o setor da mídia, leia aqui.

A Igreja Católica, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se posicionou contrária. Bispos, padres e católicos ligados a movimentos pró-vida reagem a quatro artigos do plano, a saber:

A aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto; mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos; a união civil entre pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção por casais homoafetivos. 

Dom José Simão, responsável pelo Comitê de Defesa da Vida do Regional Sul 1 (São Paulo) da CNBB declara: "Vemos nessas iniciativas uma atitude arbitrária e antidemocrática do governo Lula""A Igreja se mantém contrária a esses pontos e segue em defesa da vida em sua totalidade e em seus princípios de fé", assegurou.

Para Dom Simão, que também é bispo da diocese de Assis, em São Paulo, temas como a descriminalização do aborto, por exemplo, abrem às portas para outros tipos de práticas que podem atentar à vida humana.

"Aborto é um crime, uma agressão à pessoa humana. Se o governo descriminaliza, abre brechas para outras práticas como essa", observou.

Ainda segundo Dom Simão, temas como esse devem ser discutidos na "amplitude democrática e não de maneira arbitrária e antidemocrática como o fez o governo".

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, disse que a previsão do texto em impedir símbolos religosos, como crucifixo, em locais públicos é uma demonstração de intolerância. “Daqui a pouco vamos ter de demolir a estátua de Cristo Redentor, no morro do Corcovado, que ultrapassou a questão religiosa e virou símbolo de uma cidade”, afirmou dom Dimas. “Impedir a presença desses símbolos é uma intolerância muito grande. É desconhecer o espírito cristão e religioso da tradição brasileira.”

Para o secretário-geral da CNBB, este não é um assunto que deveria estar incluído num programa de direitos humanos. “Absolutamente não tem vínculo com direitos humanos. É a infiltração de uma mentalidade laicista no texto. Direitos humanos é ter liberdade religiosa.”

Em visita ao Recife, o cardeal primaz do Brasil, Dom Geraldo Magela, criticou projeto de direitos humanos de Lula. Ele disse que "não há quem possa tornar legal o mal", citando explicitamente, como o mal, o decreto do Governo Federal que, com o pretexto defender os direitos humanos, se refere a vários direitos fundamentais, entre eles o da liberdade religiosa.

"Os bispos brasileiros certamente não vão se calar diante disso" - afirmou, pela manhã, o arcebispo de Palmas, , recem nomeado para comandar o arcebispado de Belém, no Pará, e que foi designado pelo Vaticano para comandar as novas comunidades católicas no Brasil. D. Alberto também se referiu à possibilidade de legalização do aborto, condenando a medida.

Pois é, a polêmica em torno disso ainda está longe de terminar, muita água ainda vai rolar embaixo da ponte. 

Para refletir: Quem irá nos defender daqueles que se dizem defensores dos direitos humanos?

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O “Nobre Ofício”



O "Nobre Ofício" Segundo certa mentalidade em vigor hoje, felicidade se identificaria com riqueza e prazer. Mas tempo houve em que o homem não pensava assim. E era feliz...

O "Nobre Ofício" era o título dado aos sapateiros ingleses na Idade Média!

Efetivamente, os trabalhadores manuais da corporação dos sapateiros ufanavam-se, não somente da qualidade de seus produtos, mas também do próprio ofício que exerciam. A ponto de eles mesmos o designarem de o "Nobre Ofício".

Não era fácil, porém, ser admitido na confraria. Para ser aceito como participante do "Nobre Ofício", não bastava ser bom profissional. Era preciso também saber "cantar, tocar corneta de chifre, tocar flauta, manejar a lança, combater com espada, descrever em versos seus instrumentos de trabalho".

A corporação de sapateiros ingleses, como inúmeras outras existentes na Europa medieval, era inteiramente independente do poder estatal, inclusive do Rei. Tinham essas corporações suas leis próprias, seus costumes, seus juízes - os "mestres juramentados" - que impunham sanções àqueles que se comportavam mal ou que, por suas trapaças, desprestigiavam a profissão.

Sobretudo, tinham seus capelães, seus santos padroeiros, suas igrejas, suas festas e procissões. Uma de suas principais preocupações era que todos os irmãos da confraria fossem bons cristãos.

Até hoje, por exemplo, pode-se ver na maravilhosa Catedral de Chartres (França) os vitrais de extraordinária beleza oferecidos pelos padeiros, pelos pescadores, pelos vinhateiros, ao lado dos que foram doados pela Rainha Branca de Castela, mãe do Rei São Luís.

O costume, impregnado de caridade cristã, fazia com que os confrades do "Nobre Ofício" se ajudassem mutuamente, em qualquer lugar onde se encontrassem. Podiam uns ser do norte, outros do sul, mas estavam todos unidos por um vínculo religioso que os levava a auxiliarem- se nas circunstâncias adversas.

Patrões, trabalhadores, aprendizes, cada qual conservando sua posição, se ajudavam, se protegiam e se estimulavam a progredir na vida cristã e... na qualidade dos sapatos que produziam.

Por exemplo, os "mestres juramentados" - em geral, os sapateiros mais idosos - repreendiam severamente o patrão que não cuidava da virtude de seus aprendizes, ou que prejudicava os fregueses pela má qualidade dos sapatos produzidos. Ao mesmo tempo, prestavam auxílio aos irmãos em situação de crise nos negócios, às viúvas e aos órfãos dos sapateiros falecidos.

Todos os ofícios da sociedade medieval estavam organizados da mesma forma. Constituíam verdadeiras irmandades dentro da sociedade civil, nas quais circulava a seiva do Evangelho.

Ufanavam-se de suas obras de caridade. Por exemplo, os ourives de Paris conseguiram licença para, um de cada vez, abrirem a loja nos domingos e dias festivos. O lucro obtido nesses dias destinava-se a oferecer uma refeição aos pobres no domingo de Páscoa.

"Quem abre sua loja nesses dias, deposita na caixa da confraria tudo quanto ganhou (...) e, com esse dinheiro, se paga uma refeição para os pobres do Hospital de Paris, no dia de Páscoa de cada ano".

Tudo isto era feito numa atmosfera de concórdia e alegria difícil de se entender em nossos dias.

Nas festas da cidade, as corporações desfraldavam suas bandeiras durante os desfiles solenes, disputando a preeminência. Constituíam elas pequenos mundos extraordinariamente dinâmicos, ativos e, sobretudo, cristãos, que davam à cidade seu impulso e sua fisionomia característica. Eis um pitoresco fato ilustrativo de como se passavam as coisas quando o espírito da Santa Igreja Católica impregnava a sociedade civil.

O sapateiro Tom Drum encontrou-se em viagem com um jovem nobre arruinado e o convidou a ir com ele a Londres.

- Eu pago as despesas, e em Londres nos divertiremos muito.

- Pagas como?! Pensei que toda a tua fortuna não passasse de alguns centavos... - objetou o fidalgo.

Respondeu Tom Drum:

"Explicar-te-ei. Se fosses sapateiro como eu, poderias viajar de um extremo a outro da Inglaterra com apenas um centavo no bolso. Em cada cidade encontrarias alojamento, comida e bebida, e nem sequer precisarias gastar teu único centavo. Os sapateiros não gostam de ver que falta algo a qualquer de seus colegas. Nosso regulamento estabelece o seguinte: se chega a uma cidade um companheiro sem pão nem dinheiro, basta-lhe apresentar- se. Não precisará preocupar-se, pois os sapateiros da cidade o receberão bem e lhe darão hospedagem e comida grátis. E se quiser trabalhar, a corporação tratará de arranjar-lhe emprego, ele não terá preocupações" 1.

1) As Cidades e as Instituições urbanas na Idade Média, apud Régine Pernoud, A Luz da Idade Média, pp. 71-72.

(Revista Arautos do Evangelho, Nov/2003, n. 23, p. 42-43)

Os sapateiros tem como santo padroeiro, São Crispim

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Epifania do Senhor


«A luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a admitiram» (Jo 1, 5).

A inteira Liturgia de hoje fala da luz de Cristo, daquela luz que se acendeu na Noite Santa. A mesma luz que conduziu os pastores à gruta de Belém indica o caminho, no dia da Epifania, aos Magos que vieram do Oriente para adorar o Rei dos Judeus, e brilha para todos os homens e povos que aspiram a encontrar Deus.

Na sua busca espiritual, o ser humano já dispõe naturalmente de uma luz que o guia: é a razão, graças à qual mesmo tacteando ele pode orientar-se (cf. Act 17, 27), para o seu Criador. Mas dado que é fácil perder o caminho, Deus mesmo lhe veio em socorro com a luz da revelação, que alcançou a sua plenitude na encarnação do Verbo, eterna Palavra de verdade.

A Epifania celebra o aparecimento desta Luz divina no mundo, com a qual Deus Se encontrou com a fraca chama da razão humana. Na solenidade hodierna é proposta assim a íntima relação que se interpõe entre razão e fé, as duas asas de que dispõe o espírito humano para se elevar rumo à contemplação da verdade, como recordei na recente Encíclica Fides et ratio.

Cristo não é só luz que ilumina o caminho do homem. Ele fez-Se também caminho para os seus passos incertos rumo a Deus, fonte da vida. Um dia, Ele dirá aos Apóstolos: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim. Se vós Me conhecêsseis, também conheceríeis Meu Pai; desde agora O conheceis e O tendes visto» (Jo 14, 6-7). E, diante da objecção de Filipe, acrescentará: «Quem Me vê, vê o Pai... Eu estou no Pai e o Pai está em Mim» (ibid., vv. 9.11). A epifania do Filho é a epifania do Pai.

Não é talvez este, em definitivo, o objetivo da vinda de Cristo ao mundo? Ele mesmo declarou que tinha vindo para «fazer conhecer o Pai», para «explicar» aos homens quem é Deus, para revelar o Seu rosto, o Seu «nome» (17, 3). No encontro com o Pai consiste a vida eterna . Como é oportuna, portanto, esta reflexão, especialmente no ano dedicado ao Pai!

A Igreja prolonga nos séculos a missão do seu Senhor: o seu primeiro empenho é fazer com que todos os homens conheçam o rosto do Pai, refletindo a luz de Cristo, lumen gentium, luz de amor, de verdade, de paz. Por isto o divino Mestre enviou ao mundo os Apóstolos e, no mesmo Espírito, continuamente envia os Bispos seus sucessores.

No limiar do terceiro milénio, o mundo tem mais do que nunca necessidade de experimentar a bondade divina, de sentir o amor de Deus por todas e cada uma das pessoas.

Também a esta nossa época condiz o oráculo do profeta Isaías, que acabámos de escutar: «A noite cobre a terra e a escuridão os povos; mas sobre ti levantar-se-á o Senhor, a sua glória te iluminará» (Is 60, 2-3). No ápice, por assim dizer, entre o segundo e o terceiro milénio, a Igreja é chamada a revestir-se de luz (60, 1), para brilhar como cidade construída sobre o monte: a Igreja não pode permanecer escondida (Mt 5, 14), porque os homens têm necessidade de recolher a mensagem de luz e esperança e de dar glória ao Pai, que está nos céus (5, 16).

Conscientes desta tarefa apostólica e missionária, que é de todo o povo cristão, mas de modo especial de quantos o Espírito Santo pôs como Bispos a governar a Igreja de Deus (cf. Act 20, 28), dirigimo-nos a Belém como peregrinos, para nos unirmos aos Magos do Oriente, enquanto oferecem dons ao Rei recém-nascido.

O verdadeiro dom, porém, é Ele: Jesus, o dom de Deus ao mundo. É Ele que devemos acolher para O levar, por nossa vez, a todos aqueles com quem nos encontrarmos no nosso caminho. Para todos Ele é a epifania, a manifestação de Deus esperança do homem, de Deus libertação do homem, de Deus salvação do homem. Cristo em Belém nasceu para nós.

Vinde, adoremos! Amém.

Homilia do Santo Padre João Paulo II
na Solenidade da Epifania do Senhor
6 de Janeiro de 1999






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domingo, 3 de janeiro de 2010

Ave Maria



Segue um lindo poema feito por Fernando Pessoa em homenagem a Maria, mãe de Jesus Cristo:

Ave Maria, tão pura Virgem nunca maculada ouvi a prece tirada no meu peito da amargura. Vós que sois cheia de graça escutai minha oração, conduzi-me pela mão por esta vida que passa.

O Senhor, que é vosso Filho, que seja sempre conosco, assim como é convosco eternamente seu brilho. Bendita sois vós, Maria, entre as mulheres da Terra e voss'alma só encerra doce imagem d'alegria.

Mais radiante do que a luz e bendito, oh Santa Mãe é o Fruto que provém do vosso ventre, Jesus ! Ditosa Santa Maria, Vós que sois a Mãe de Deus e que morais lá no céus, orai por nós cada dia.

Rogai por nós, pecadores, ao vosso Filho, Jesus, que por nós morreu na cruz e que sofreu tantas dores. Rogai, agora, oh Mãe querida e (quando quiser a sorte) na hora da nossa morte quando nos fugir a vida.

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Segundo dia do ano


Enquanto lá em Angra dos Reis ainda estão contabilizando os prejuízos e contando os  mortos, muitos ainda,pelo Brasil afora,  estão festejando  o ano novo. Pudera,  o ano começa logo com um final de semana prolongado, tem mais é que aproveitar. É... a vida continua, mesmo para aqueles que ficaram e perderam seus entes queridos. Realmente não vai ser nada fácil tocar a vida dalí por diante. Só mesmo Deus para dar alento e coragem para seguir em frente.

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O último dia de 2009


Um dia marcado por diversos acontecimentos trágicos, culminando com mortes, sobretudo no Rio de Janeiro, onde se promove nas areias da praia de Copacabana, o maior réveillon do Brasil.

Pra mim foi um dia bastante intenso que começou por volta das 04:45 quando tive que ir às compras  na CEASA, para não ter que fazer no final de semana. Por causa disso meu cansaço foi multiplicado, devido também, aos preparativos para as festividades do encerramento do ano, uma vez que todos se reunem aqui para as comemorações.

Lá pelo fim da tarde recebi a triste notícia de que um cunhado meu  havia falecido. A princípio pensei tratar-se de uma acidente de carro, mas foi um infarto fulminante. Esse tipo de notícia sempre nos surpreende, mesmo que, a qualquer dia ou a qualquer hora, qualquer um de nós pode vir a ser chamado. Mesmo assim não é fácil assimilar tão prontamente a idéia da morte.

Enfim, Xando, como era chamado pelos seus, partiu deixando, além de  saudades, motivos mais que suficientes para uma boa reflexão acerca do nosso estilo de vida pouco saudável. Espero que pelo menos, seus irmãos se conscientizem de que é preciso se cuidar para que o fato não se repita. Quanto a  sua vida espiritual e quanto aos seus erros, não nos cabe julgar, mas pedir ao Eterno Pai que tenha misericórdia de sua alma, assim como esperamos que Ele tenha da nossa, que aqui ficamos.

Diante de tantos acontecimentos no último dia do ano, ficou bem claro em mim o que  disse uma senhora numa entrevista. Por causa  das fortes chuvas  que ocasionou prejuízos e perdas, ela disse que seria apenas mais um dia que terminava seguido de outro que começava, pois não tinha motivos para comemorar. Se por um lado  concordo com ela; por outro não,   porque,  apesar das vicissitudes, devemos  comemorar  o fato de estarmos vivos. Devemos, todos os dias, agradecer a Deus pelo dom supremo que é a vida.

Pois bem. Na passagem de um ano para o outro, Xando partiu e foi sepultado. Da família que ele constitui só restou Júnior. Quem primeiro partiu, ainda no auge da juventude, foi sua primogênita Camila; depois, há pouco mais de um ano, foi Silvana, sua esposa. Resta,  aos que ficaram, dar  o apoio necessário a Júnior, que hoje, mais do que nunca, precisa do carinho de todos.

Enquanto aguardávamos a saída do féretro, aproveitei a oportunidade para me aproximar de uma pessoa, pois que  havia entre nós, um assunto mal resolvido. Foi muito bom porque naquele curto espaço de tempo pudemos desfazer um mal entendido, eliminando de uma vez todo e qualquer tipo de resquícios. Achei interessante uma frase que ela citou: "todos nós temos o nosso dia de jiló". É verdade, devo admitir, porém não devo permitir que isso aconteça sempre.

É isso. Como diz aquela música: "Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce novo em cada amanhecer"...


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22:32.
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Natural de Recife-Pe

"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos." (São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)

"Hoje, o que os outros pensam de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros pensam de mim, mas do que Deus sabe a meu respeito".




Minha irmã...
ღஐºSaudade é o amor que fica!ღஐº

"O tempo não pára! A saudade é que faz as coisas pararem no tempo"...

"Duas pessoas que se amam não podem deixar de se encontrar e, pelo mesmo motivo, não podem ser separadas.
Uma  torna a outra 'eterna'
por amor."


Fotos de Valda







"O crucifixo é antes de tudo o sinal distintivo da única e verdadeira religião, a CATÓLICA, depois vem o resto".


"O católico que escolhe seus dogmas e seus mandamentos não é católico, é protestante." (Gustavo Corção)


"Os inimigos do Brasil querem que você se omita.
Mostre-lhes que eles estão enganados e que você está alerta.
O Brasil é, e continuará a ser Terra de Santa Cruz"!


"O PL 122 é uma aberração jurídica, viola a liberdade religiosa e cria uma categoria de indivíduos especiais. Esse Projeto é inconstitucional, ilegítimo e heterofóbico"!

“Olha, eu acho que tem que haver a descriminalização do aborto. Hoje, no Brasil, isso é um absurdo que não haja a descriminalização.” Em sabatina à Folha de S. Paulo - 4 de outubro de 2007. "Eu acho que, o aborto, do ponto de vista de um governo, é uma questão não é de foro íntimo, é uma questão de saúde pública".


Salve meu selinho e
cole em seu blog!



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    Trento, 1944.
    Em um refúgio anti-aéreo abrimos ao acaso o Evangelho na página do Testamento de Jesus:
    “Pai, que todos sejam um, como eu e tu”.
    Aquelas palavras pareciam iluminar-se uma a uma. Aquele "todos" foi o nosso horizonte. Aquele Projeto de Unidade a razão da nossa vida.

    Chiara Lubich

    "Os homens gastam-se tanto em palavras que não conseguem entender o silêncio de Deus".
    Dom Hélder




    "A missão materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui a mediação única de Cristo; pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem deriva dos superabundantes méritos de Cristo, estriba-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a sua força."
    "Com efeito, nenhuma criatura jamais pode ser equiparada ao Verbo encarnado e Redentor. Mas, da mesma forma que o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e da mesma forma que a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de modos diversos, assim também a única mediação do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas uma variegada cooperação que participa de uma única fonte."


    "Onde está Pedro, aí está a Igreja católica".
    (Santo Ambrósio)


    "Onde está a Igreja, aí está o Espírito de Deus"...
    "A Igreja é minha mãe... As censuras que lhe são feitas, não carecem, todas, de fundamento. Mas o volume dessas queixas não supera a grandeza do Mistério-Sacramento que é a Santa Igreja, o Corpo de Cristo prolongado". (Santo Agostinho)

    Em nenhum símbolo de Fé temos o atributo "Romana" designando a Igreja de Cristo, isso por que ser designado como Romana não é atributo da Igreja e sim uma referência a sua origem e sua Sé Primaz. Santa, Una, Católica e Apostólica são seus atributos, Romana é sua origem. A Igreja de Cristo nasceu no Império Romano, ganhou o mundo a partir de Roma, e em Roma foi estabelecida a Sé Primaz dessa Igreja, por isso, os cristãos do mundo inteiro devem estar em comunhão com a Sé Romana, onde repousa a Cátedra de Pedro, a Sé Apostólica.



    Conferência Nacional
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    Zilda Arns
    "Viveu como santa, morreu como mártirr".

    Fundadora da Pastoral da Criança, a médica dedicou a existência a minorar o sofrimento dos despossuídos e a evitar o desperdício da vida. Até o último minuto

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