"Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem" (Mt 2,18 citando Jr 31,15).
No dia 28 de dezembro a Igreja celebra a festa dos Santos Inocentes. São as crianças mortas por ordem do rei Herodes, desejoso de exterminar o Menino Jesus, a quem os Magos procuravam como "o rei dos judeus recém-nascido" (Mt 2,2). A ordem real era de matar todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e arredores.
Somente um ditador sem nenhuma consciência espiritual e até mesmo humana, poderia conceber o plano levado a cabo pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período que Jesus para evitar que crescesse o rei dos Judeus. Quantas crianças foram mortas? Impossível saber ao certo, mas se tornaram os “Santos Inocentes”. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Deus, sem nem mesmo terem “confessado” sua crença.
Quem conta a história é Mateus, em seu evangelho (2,13-18). Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos Judeus para saudá-lo.
13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: "Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho". 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18"Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais".
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)