À espera de Jesus
O Advento é um tempo extremamente rico para a conversão pessoal. É tempo de reviver toda a simbologia do Natal, tempo de externar nossos melhores desejos, tempo de reacreditar na vida e no outro.
O tempo litúrgico do Advento assemelha-se ao Tempo da Quaresma: ambos antecedem uma grande festa cristã e preparam nossos corações para experimentar seus frutos. Advento é um tempo de espera, penitência e conversão. O Menino vai chegar e nosso coração deve estar preparado para reconhecer naquela criança o Salvador do mundo.
Para nossa caminhada nesse período, algumas palavras nos são colocadas como recomendação e vigilância é uma delas. Vigiar para que não sejamos surpreendidos com a chegada inesperada de um Deus Menino. Vigiar para que não percamos a oportunidade de vê-Lo nascer novamente, trazendo esperança e vida para a nossa existência. Vigiar para (re)descobrir nossas vias de pecado e, assim, limparmos nosso coração para acolher a pureza de uma criança.
O Advento é, pois, esse tempo de vigilância dos nossos caminhos, de vigilância das nossas ações. Tempo de estar atento à conversão a que somos chamados. O nascimento do Menino nos renova a esperança e a certeza de um Deus que se faz novo todos os dias: que nasce e renasce continuamente, fazendo novas todas as coisas. E é este novo olhar que a vigilância nos conclama: novo olhar sobre as pessoas, sobre as nossas relações, sobre nosso trabalho, sobre nossas vidas. Um olhar de reflexão e luz sobre nossos passos.
Por nos chamar a esta interiorização, o Advento é um tempo extremamente rico para a conversão pessoal. É tempo de reviver toda a simbologia do Natal, tempo de externar nossos melhores desejos, tempo de reacreditar na vida e no outro. Que possa ser um tempo perene, um tempo cujos frutos se derramem por cada dia do novo ano, por cada dia que ainda há para ser vivido. Que essa experiência possa ser um chamado a viver continuamente a Encarnação de Deus sob a forma humana, mistério insondável de um Deus que ama tanto a humanidade que desejou, um dia, tomar a forma humana para que cada homem e cada mulher pudesse acreditar que é possível, sim!
Texto para reflexão: Lc 21, 25-28.34-36
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)