sábado, 6 de janeiro de 2007
Padre Léo
"Celebramos a vida e não a morte". São João, no Livro do Apocalipse, refere-se à salvação com palavras belíssimas e poéticas: "Quando chegar a salvação, não mais haverá sofrimento, não mais haverá morte, luto, pranto, tudo isso terá passado. Na salvação não haverá mais necessidade da luz do sol e da caridade da lua, porque todos seremos iluminados pela glória de Deus" (Apocalipse 7:16; 21:4).
[Ouça trecho desta homilia] Agradecemos ao Senhor o dom da vida que Ele concedeu ao padre Léo, vida esta que não foi esvaziada por ele, que não foi vivida no vazio, mas uma vida vivida com intensidade e cheia de boas obras. Após receber o dom da vida biológica, este sacerdote recebeu, no Batismo, a semente da vida eterna. Vida eterna esta que depois foi confirmada com a Eucaristia e com os outros Sacramentos. Esta vida, que no Sacramento da Ordem, tornou-se vida em missão. A própria vida do padre Léo foi uma vida em missão. Hoje, ele está recebendo do Pai, do Filho e do Espírito Santo o dom da vida eterna e a plenitude. Portanto, nós estamos celebrando não mais a morte, mas a ressurreição dele! Estamos celebrando também a nossa esperança. Amém.
Dom Benedito Beni - Bispo de Lorena (SP) 05/01/2007 - 18h00
Dom Benedito Beni na Missa de exéquias do Pe. Léo na Canção Nova
Na primeira leitura desta Missa de Exéquias, ouvimos as palavras do apóstolo Paulo: "Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais, como os outros homens que não têm esperança" (I Tessalonicenses 4,13).
Quando anunciam para Jesus a morte de seu amigo Lázaro, o Senhor diz que este está apenas dormindo. Ele nos diz que a morte não é uma condição definitiva, mas a nossa salvação, a pérola preciosa, quem a encontra, luta para consegui-la. Mas ela é, antes de tudo, dom de Deus.
É difícil colocar o conteúdo da salvação dentro dos limites de uma definição. É por isso que a Sagrada Escritura usa imagens que falam à nossa imaginação para nos mostrar em que consiste a nossa salvação. Ela é comparada a uma ceia, que alimenta não só o nosso estômago, mas também a nossa fraternidade. Ela é comparada com uma festa, porque esta coloca o ser humano num nível superior de existência, marcado pela exultação e pela alegria. Seria muito bom se todos os dias fossem uma festa, mas como isso não é possível, o ser humano, de vez em quando, quebra a rotina do cotidiano para celebrar uma, o que é uma verdadeira refeição moral. Quando ela termina, o ser humano volta à luta diária com mais ânimo, com mais força e esperança. A imagem mais profunda para nós definirmos a salvação é a imagem da vida, porque a salvação é uma vida eterna não mais ameaçada pelo sofrimento e pela morte, mas uma vida que é a participação da própria vida de Deus.
São João, no Livro do Apocalipse, refere-se à salvação com palavras belíssimas e poéticas: "Quando chegar a salvação, não mais haverá sofrimento, não mais haverá morte, luto, pranto, tudo isso terá passado. Na salvação não haverá mais necessidade da luz do sol e da caridade da lua, porque todos seremos iluminados pela glória de Deus" (Apocalipse 7:16; 21:4).
[Ouça trecho desta homilia] Agradecemos ao Senhor o dom da vida que Ele concedeu ao padre Léo, vida esta que não foi esvaziada por ele, que não foi vivida no vazio, mas uma vida vivida com intensidade e cheia de boas obras. Após receber o dom da vida biológica, este sacerdote recebeu, no Batismo, a semente da vida eterna. Vida eterna esta que depois foi confirmada com a Eucaristia e com os outros Sacramentos. Esta vida, que no Sacramento da Ordem, tornou-se vida em missão. A própria vida do padre Léo foi uma vida em missão. Hoje, ele está recebendo do Pai, do Filho e do Espírito Santo o dom da vida eterna e a plenitude. Portanto, nós estamos celebrando não mais a morte, mas a ressurreição dele! Estamos celebrando também a nossa esperança. Amém.
Dom Benedito Beni - Bispo de Lorena (SP) 05/01/2007 - 18h00
QUEM É O PADRE LÉO ? Tarcísio Gonçalves Pereira – mais conhecido como padre Léo –, nasceu no dia 9 de outubro de 1961, em Delfim Moreira (MG), filho de Joaquim Mendes e Maria Nazaré. Veio de uma família simples e sempre quis ser padre. Entrou para a Renovação Carismática Católica (RCC) em 1973. Era músico, cantor, compositor, apresentador, pregador e escritor. Aos 12 de outubro de 1995, fundou a Comunidade Bethânia, que, hoje, conta com mais de 30 membros e 5 casas espalhadas pelo Brasil, cuja missão é restaurar jovens dependentes químicos, portadores de HIV e marginalizados em geral.
Essa missão começou quando padre Léo atendia jovens envolvidos com drogas e se sentiu chamado a ajudá-los de forma mais completa. Irreverente e profundo em suas pregações, atraía milhares de pessoas em todos os encontros que promovia, pois era grande conhecedor das Sagradas Escrituras.
Escreveu 7 livros pela
Editora Canção Nova e 14 pela Loyola. O último, recentemente lançado no ‘Hosana Brasil 2006’, intitula-se
“Buscai as Coisas do Alto”, escrito durante o tratamento, período em que se submetia a sessões de radioterapia e quimioterapia. Sempre com bom humor e entusiasmo pela vida, o sacerdote dehoniano começou o tratamento contra o câncer em abril de 2006 e, mesmo debilitado, esteve presente no ‘Hosana Brasil 2006’ em dezembro, visivelmente abatido pelo longo tratamento, fez uma surpreendente
pregação.
Dr. Roque Savioli – “Esse tempo todo que tivemos durante o período da doença do Pe. Léo foi de grande crescimento interior para mim. Muitas coisas que eu lia sobre como encarar um sofrimento, pude presenciá-las de perto na vida deste sacerdote. Descobri com ele que a vida não vale nada mais do que aquilo de bom que fazemos e temos conosco. Quando formos ao encontro de Deus só levaremos isso.” O médico testemunha o momento em que deu o diagnóstico do câncer ao Pe Léo:
OUÇA: Dr. Roque
Escrito por
13:47.