Face a face com Cristo
A morte do cristão não é um momento no fim do seu caminho terreno, um ponto isolado do resto da vida. A vida terrena é preparação para a do céu, nela estamos como criancinhas no seio materno: nossa vida na terra é um período de formação, de luta, de primeiras opções. Ao morrer, o homem se encontrará diante de tudo o que constituiu o objeto das suas aspirações mais profundas: encontrar-se-á diante de Cristo e será a opção definitiva, construída por todas as opções parciais desta terra.
Cristo espera eternamente com os braços abertos; o homem que optou contra Cristo, será queimado eternamente por aquele mesmo amor que repeliu. O homem que se decide por Cristo encontrará no mesmo amor a plena e infinita alegria.
"Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno"
Podemos fazer alguma coisa pelos mortos? Eles não estão longe de nós; pertencem todos - os mortos no abraço de Deus - à comunidade dos homens e à comunidade da Igreja.
A oração pelos defuntos é uma tradição da Igreja. De fato, subsiste no homem, também quando morre em estado de graça, muita imperfeição, muita coisa a ser mudada, purificada do antigo egoísmo! Tudo isto acontece na morte. Morrer significa morrer também ao mal. É o batismo de morte com Cristo, no qual encontra acabamento o batismo de água. Esta morte vista pelo outro lado - assim crê a Igreja - pode ser uma purificação, a definitiva e total volta à luz de Deus. Quanto tempo durará? Isto está fora do nosso tempo. Não podemos determinar tempo nem lugar. Mas, partindo do nosso ponto de vista humano, há um tempo durante o qual consideramos alguém como "morto" e o ajudamos com nossa oração. De quantos meses ou anos se trata, ninguém pode dizê-lo.
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"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)