O Câncer infantil é raro. Estima-se que anualmente cerca de 16 casos novos de câncer para cada 100.000 crianças e adolescentes com idade inferior a 21 anos ocorram no Brasil afetando indivíduos de todas as classes sociais e etnias. Os tipos de câncer que acometem as crianças também são muito diferentes daqueles que ocorrem nos adultos.
O índice de cura do câncer infantil situa-se em torno de 70% dos casos. Algumas doenças têm índices superiores a 90%.
Diferente do câncer no adulto, o câncer infantil tem poucos fatores de risco conhecidos. Sabe-se, por exemplo, que no adulto, o tabagismo aumenta a incidência de câncer de pulmão. Na criança existem poucos fatores ligados ao aparecimento de tumores. Em alguns tipos há uma associação com infecções por vírus e outros podem estar ligados a uma predisposição familiar. Provavelmente vários componentes estão ligados ao aparecimento do tumor, como predisposição genética, infecções, exposição a fatores externos como alimentação e outros. Algumas crianças podem nascer com a doença. A presença de outros casos de câncer na família maioria das vezes não é fator de risco para o câncer infantil.
É altamente recomendável que o tratamento do câncer infantil seja feito em centros especializados, por profissionais habilitados. Os médicos que tratam destes pacientes são os oncologistas pediatras, que têm formação em pediatria geral e posteriormente especialização em oncologia pediátrica.
É importante ressaltar que o câncer na infância é raro. Assim o objetivo destas informações é esclarecer e não criar pânico.
Para que seja feito o diagnóstico precoce do câncer infantil a criança deve ter um acompanhamento pediátrico adequado e rotineiro. Quando houver alguma dúvida a respeito dos sintomas a orientação é a de sempre procurar um pediatra e se necessário ouvir uma segunda opinião. A falsa idéia de que o câncer não tem tratamento, infelizmente, ainda é bastante comum.
Cláudio Galvão de Castro Jr.
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)