sábado, 24 de março de 2007
Um amor que continua
"Nós a tornamos eterna por amor".
Há exatamente quatro anos atrás você partia para o encontro definitivo com o Eterno Pai. Embora tenha lutado bravamente contra a doença, foi vencida por ela. Mas além da saudade imensa que você nos deixou, ficou também o seu exemplo de garra, fé e coragem de lutar sem nunca jamais desistir!
O seu desejo era tão somente recuperar a saúde para terminar de criar seu filho Vítor e suas filhas: Laryssa, Laura Vanessa e Luana Cristina, pois ainda pré-adolescentes, necessitava e muito dos seus cuidados maternos, como também do seu marido e da sua casa.
O seu exemplo de irmã, filha, esposa, mãe, amiga, ficará eternamente em nossas lembranças, porque num período de tanta dor e sofrimento você soube se doar a todos e em nenhum momento se revoltou, muito pelo contrário, sempre agradecia a todos que estavam do seu lado para ajudá-la nesses momentos tão dolorosos.
Quanta dor!
Cada grito de dor era o mesmo grito de Jesus na Cruz! Você assumiu a sua chaga e o seu grito. Ele estava em você naqueles momentos porque você completou na sua carne o que faltou nas suas tribulações. Você tomou a sua Cruz e seguiu-O até o fim.
Hoje, apesar da saudade, sabemos que você está mais presente entre nós. Sabemos que você não está dormindo, nem se perdeu, muito menos desapareceu. Se raciocinarmos desse modo, onde está a fé na comunhão dos santos?
Ninguém que entra em Deus se perde, porque, se alguma coisa tem realmente valor em você, que agora possui a "vida", que não lhe foi tirada, mas transformada", esta é a caridade. É assim mesmo, porque tudo passa. Na cena deste mundo, até mesmo a fé e a esperança passam. Só o amor permanece. E quando chegou a sua hora, com o braços carregados de amor, você entregou ao Eterno Pai a parte do mundo que lhe foi confiada.
Ora, o amor que você nos dedicava, amor verdadeiro porque radicado em Deus, este perdura. E Deus não é tão pouco generoso conosco, a ponto de nos tirar o que Ele mesmo, em você, nos havia dado.
Agora Ele nos dá você de outra maneira. Você continua a nos amar com um amor que agora não sofre mais altos e baixos. Cabe a nós acreditar neste amor e pedir graças para nós que estamos a caminho, enquanto por você fazemos a nossa parte com a obra de misericórdia que manda rezar pelos que já partiram.
Não, Valda, não a perdemos. Você está do lado de lá, como se tivesse saído de casa para ir a um outro lugar. Você vive na Pátria Celeste, e através de Deus, em quem está, podemos continuar nos amando mutuamente, como ensina o Evangelho.
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15:36.