Algumas confissões assumiram denominação própria, mas quem é católico não é mais do que católico. E olha que ser católico não é pouca coisa. Quando alguém bate no peito e diz, cheio de convicção, “sou católico!”, pode ter certeza de que ali está uma pessoa que é, verdadeiramente, de Deus.
Por outro lado, uma pessoa que se diz católica e não tem compromisso com a sua Igreja, acabará sendo fisgada por outras confissões que, ao contrário da Igreja Católica, buscam apenas quantidade e fecham os olhos para a qualidade do que é exibido. Com Bento XVI, a Igreja firmou posição contra o relativismo e fez outra opção preferencial, além da já existente pelos pobres: a pela qualidade. A barca de Pedro não precisa estar superlotada. Nela deve haver espaço para quem, efetivamente, ama e compreende a Igreja.
Católicos de estatística, não-praticantes e donos de uma consciência laica encontrarão doce acolhida na barca, mas não espaço, nesta hora em que o mundo e suas idéias parecem querer suplantar a Verdade.
Católico de verdade é o que sabe ser tolerante com amigos e família para, num processo de mútua aceitação, descobrir novos mundos. É também o que se prepara para a Eucaristia e, acima de tudo, faz o bem, em nome do Senhor.
(Trechos do texto de João Carlos Pereira, professor e jornalista)
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)