Este tempo litúrgico, próprio do Ocidente, foi instituído para que os fiéis se preparassem para a celebração do Natal. Mas, em pouco tempo, adquiriu também um significado escatológico. De fato, recorda a dupla vinda do Senhor, isto é, a vinda entre os homens e a vinda no final dos tempos. Com isso, o Advento apresenta-se como um tempo de alegre expectativa, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de atenção e vigilância, durante o qual nos preparamos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita para a chegada de seu noivo, seu amado.
Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV, na Gália (atual França) e na Espanha, este período tinha caráter ascético, com jejum e abstinência durante seis semanas. Este caráter ascético era também uma fase da preparação dos catecúmenos para o batismo. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor. No Concílio Vaticano II, após a reforma litúrgica, o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas.
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"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)