quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Momento presente
“A revelação do momento presente é uma fonte de santidade, sempre a jorrar... Vós que tendes sede, sabei que não é preciso buscar longe a fonte da água viva: ela jorra perto de vós, no momento presente, apressai-vos a chegar lá. Hoje termina o primeiro mês do ano. E assim, a cada dia que passa, é menos um na nossa existência. Daqui a pouco o ano termina.
Mas o que importa a contagem do tempo? A única coisa que importa no tempo é viver o momento presente.
O que melhor nos ensina é o que acontece conosco em particular a cada momento, segundo o que quis ou permitiu a Providência divina. É aí que encontramos a manifestação da vontade divina que nos diz respeito, para o momento presente. E é aí que se forma em nós o conhecimento experimental da conduta de Deus em relação a nós, conhecimento sem o qual não saberemos nos dirigir nas coisas espirituais, nem fazer aos outros um bem profundo.
“A revelação do momento presente é uma fonte de santidade, sempre a jorrar... Vós que tendes sede, sabei que não é preciso buscar longe a fonte da água viva: ela jorra perto de vós, no momento presente, apressai-vos a chegar lá.
O momento presente, se soubéssemos ver nele a luz divina que contém, nos lembraria de que tudo pode ser meio, instrumento ou ao menos ocasião de progresso espiritual no amor de Deus a modo de provação ou de contraste. O momento presente, segundo a ordem querida pela Providência divina, tem relação com nosso fim último, com o único necessário: assim, cada instante do tempo que se escoa tem relação com o instante único da imobilidade eterna.
Devemos estar, a cada instante, na situação disposta por Deus: não há momento do dia em que não tenhamos algum dever a cumprir, dever em relação a Deus ou em relação ao próximo, dever ao menos de paciência, quando a ação exterior não é possível. A cada minuto devemos santificar o nome de Deus, como se não tivéssemos outra coisa a esperar no tempo; como se, no instante seguinte, devêssemos entrar na eternidade.
“Cada momento que chega até nós encerra em si uma ordem de Deus, e irá mergulhar na eternidade, permanecendo para sempre aquilo que dele fizemos”.
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23:08.