Para falar do Catolicismo é necessário conhecê-lo, sob pena de criticar o incriticável e espalhar o erro, pondo em risco a própria alma e a alma dos outros. Muitos protestantes, principalmente os fundamentalistas, criticam a doutrina da Igreja sem conhecê-la, isto é, critica aquilo que acha que é a doutrina ensinada pela Igreja ...
Quando se resolve ir à fonte e conhecer o que realmente é pregado e, assim, deixar de lado a mentira, não se têm dúvidas de que a Igreja Católica é a Igreja de Cristo. O problema de todo protestante é inverter a história, transformar a Bíblia na mãe da Igreja, quando, na verdade, é justamente o contrário: a Igreja é a mãe da Bíblia; por isso São Paulo claramente declara: "a Igreja é a coluna e o fundamento da Verdade" (1Tim 3,15); onde se encontra na Bíblia que esta é a única fonte de autoridade para o cristão, justificando a sola scriptura? A autoridade está na Igreja: "Se recusar ouvi-los, dize-o à Igreja; e, se também recusar ouvir a Igreja, considera-o como gentio e publicano" (Mt 18,17) e "Quem vos ouve, a mim me ouve; e quem vos rejeita, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou" (Lc 10,16).
Então se perguntaria: mas qual Igreja, já que existem mais de 30 mil denominações cristãs??? Podemos responder, sem medo de errar: aquela que existe desde o princípio, conforme narrado no livro do Atos... Certamente não é nenhuma das denominações protestantes, porque apareceram apenas a partir do séc. XVI (por aqui se exclui praticamente todas as denominações hoje existentes em cada esquina...). Quem resta? A Igreja Católica... a sucessão dos bispos de Roma (papas) - fato *histórico* comprovado - liga o papa atual a Pedro. A arqueologia já comprovou também que Pedro morreu em Roma. Por outro lado, Jesus prometeu a assistência infalível na fé à sua Igreja, (Jo 16,13) - e não a cada fiel, como prega o protestantismo - de forma que Ele mesmo estará com sua Igreja até a consumação dos tempos, (Mt 28,20); se alguma vez a Igreja Católica - a única que historicamente pode ser ligada à Igreja Primitiva - apostatou de seu Senhor, então Jesus não cumpriu suas promessas: não enviou o Espírito Santo (At 2) e não permaneceu com sua Igreja. Dizer que Cristo permaneceu com um pequeno grupo, seleto e fiel, até chegar à época da Reforma Protestante é absurdo por inúmeros motivos:
Não há nenhum registro histórico comprovando a existência de idéias semelhantes aos dos protestantes (principalmente quanto à sola scriptura), embora não faltem informações sobre centenas e centenas de heresias (muitas ainda pregadas entre os protestantes, como a negação do título de Theotókos para Maria);
Se Cristo permaneceu exclusivamente com algum grupo cismático, como os ortodoxos e nestorianos, é muitíssimo estranho estes grupos manterem muito mais semelhança com os católicos do que com os protestantes (ex: todos eles guardam os 7 sacramentos);
Se, porém, Cristo aguardou até a Reforma para trazer sua Igreja de volta aos eixos, então negligenciou a salvação de pelo menos 30 gerações de cristãos, de modo a por em dúvida a inspiração das palavras: "O qual (=Deus) deseja que *todos os homens* sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (1Tim. 2,4), o que seria absurdo...
Tudo isso, percebe-se, é pura especulação protestante, baseada na livre interpretação da Bíblia (condenada em 2Ped. 1,20), verdadeiro pecado contra o Espírito Santo (Mt 12,32), pois pressupõe que o mesmo e real Espírito Santo possa inspirar duas doutrinas excludentes entre si para cada cristão, depondo contra a unidade cristã pretendida e apontada por Cristo Senhor nosso (Jo 17,22); portanto, todo aquele que pregar contra a unidade da Igreja (e só pode haver uma única Igreja visível, Jo 17,20-21) certamente não obterá a salvação, por ser esta uma obra da carne e não do espírito (Gl 5,6).
Excertos do texto de Carlos Martins Nabeto
Marcadores: Igreja
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)