quinta-feira, 25 de junho de 2009
Deus revela assim a dignidade da família.
[No princípio, Deus criou o homem e a mulher (Gn. 2) para que em suas diferenças singulares se completassem e, desta complementaridade, no amor, gerassem frutos, os filhos. Estava, portanto, instituída a família, imagem da Trindade Santa, eterna família.
Mas quando veio a plenitude dos tempos (Gal. 4,4) Deus envia seu Filho que quis ter uma família e Se encarnou no seio de uma mulher, a santíssima Virgem Maria, tendo como pai adotivo e guardião, o glorioso São José. Deste modo, Deus revela assim a dignidade da família. E, tamanha dignidade é manifestada quando Jesus eleva o matrimônio a sacramento da Nova Aliança e imagem da união de Cristo e Sua Igreja.
Todavia, em nossos dias, como tudo que vem de Deus sofre ataques implacáveis, a família não passa incólume dos inimigos de tudo que é sagrado. Ao contrário, se tornou uns dos alvos prediletos, juntamente com a Igreja, corpo de Cristo, e a pessoa humana, imagem de Deus. Os ataques são contra a manutenção do casamento, a fidelidade, a geração de filhos e sua educação.
O que motiva o casamento é o amor. Mas não este amor subjetivo e açucarado que o mundo nos apresenta, mas o amor sacrifical. Não é por acaso que São Paulo, na carta aos efésios (5, 21-33), compara o amor matrimonial ao sacrifício de Cristo na cruz e Sua união à Igreja. Porém, nesta sociedade que prima pelo hedonismo e pelo consumismo, qualquer sacrifício neste sentido é loucura. Seus argumentos são a felicidade e o prazer como finalidade do casamento. Nem por amor aos filhos os casais querem se sacrificar. Puro egoísmo.
É difundido, principalmente pela mídia, que o sucesso do casamento depende quase que exclusivamente do sexo. Disto surgem teorias que incentivam o sexo antes do casamento como um “teste drive”, quando sabemos que o namoro é o período de o casal se conhecer, de amadurecer o amor para que receba o sacramento do matrimônio. E nesta ânsia de manter o casamento através do sexo – mais uma vez o hedonismo –, é introduzido no relacionamento do casal hábitos imorais como a pornografia ou, ainda pior, mantém-se um relacionamento aberto onde os dois se submetem à práticas animalescas em prol de manter “a chama acesa”.
O diabo não quer perder suas presas. E usando o amor, este amor puramente humano – onde nem se pode ser chamado amor, já que exclui o Amor, Deus – como argumento, tenta-se legitimar as uniões homossexuais dando-lhes as mesmas prerrogativas da família, inclusive promovendo adoções de crianças, fadando-as a uma educação nem um pouco sadia, tanto psicológica como moral. Não podemos aceitar as uniões civis de homossexuais porque o Estado não pode modificar ou definir o que é ou como é formada a família, pois esta o precede.
Enfim, os ataques contra a família se intensificam e já podemos notar os males causados por estes ataques. A família é a célula da sociedade e se esta célula sofre agressões, fica doente, toda a sociedade sofre. A ligação entre o enfraquecimento das famílias e o aumento da violência é evidente. Mas as famílias cristãs, como sal da terra e luz do mundo, devem testemunhar uma vida de amor e solidariedade entre seus membros, fé em Deus. É natural que o entusiasmo do início tenda a diminuir e neste momento devem ser exemplos de perseverança no amor diante de tantas dificuldades que encontramos dentro do matrimônio, colocando Deus em primeiro lugar. Que estas famílias, igrejas domésticas, sejam fontes de evangelização e catequese e voltem a ser escolas de justiça, amor, solidariedade.
Marcadores: Família, Igreja, Sociedade
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20:03.