ROMA/QUERÉTARO, sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org-El Observador).- Uma pesquisa realizada por Periodismocatolico.com constata que o jornalismo sensacionalista que busca escândalos na Igreja, no fundo, demonstra o grande interesse que esta suscita.
A premissa foi se a reportagem realizada em confessionários da Itália por um jornalista de «L’Expresso», e sua posterior publicação, demonstrava:
a) Que a Igreja continua interessando, em particular a seus inimigos;
b) A incapacidade dos comunicadores católicos para reagir ante as burlas sacrílegas;
c) Que no jornalismo vale tudo.
Um cronista, falso penitente, apresentou-se nos confessionários de 24 igrejas de Turim, Milão, Roma, Nápoles e Palermo para confessar pecados inventados e comparar as respostas dos sacerdotes sobre questões éticas como eutanásia, droga, prostituição, desfalques, pederastia, etc.
Os comentários dos visitantes podem se resumir em que a Igreja continua interessando, é óbvio, e aos inimigos certamente, porque a luta durará até o fim. Que no jornalismo vale tudo nós o vemos na prática, mas é um jornalismo desvirtuado. A resposta às ofensas se realiza com a evangelização.
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Santa Sé critica investigação jornalística nos confessionários
Um jornalista se faz passar por penitente para pôr os sacerdotes à prova
O artigo, publicado na última edição de «L’Expresso», foi analisado na terceira página da versão diária italiana de «L’Osservatore Romano» do dia 28 de janeiro.
O subtítulo do artigo diz: «A ultrajante investigação de um semanário: confissões fictícias em busca de um ‘furo’ desleal».
O cronista, falso penitente, apresentou-se nos confessionários de 24 igrejas de Turim, Milão, Roma, Nápoles e Palermo para confessar pecados inventados e comparar as respostas dos sacerdotes sobre questões éticas como eutanásia, droga, prostituição, desfalques, homossexualismo, etc.
«Ultrajar o sentimento religioso dos católicos, enganar a boa fé dos sacerdotes, ferindo gravemente o caráter inviolável do ministério pastoral, profanar um sacramento: a ‘valente’ investigação de um jornalista conseguiu tudo isso», afirma o diário da Santa Sé.
«Parabéns -- diz com ironia o diário vaticano --, um “furo” autêntico, ainda que não muito original, dado que há muito tempo se escreveu um livro.»
Na verdade, acrescenta, encontramo-nos ante uma «ofensa para todos os que crêem no Sacramento da Reconciliação».