Esta sentença: "Dai a César o que é de César", não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática, e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda transgressão de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.
Da mesma maneira que exigimos do Estado que ele cumpra o seu papel, devemos honrar com nossas obrigações, pagando os nossos tributos em dia. Isso vale também quando assumimos um compromisso, adquirindo produtos e serviços de terceiros. Aqueles que nos prestam serviços, também têm compromissos para honrar. Pessoas inconseqüentes, com a ânsia de adquirir bens, querendo com isso demonstrar a todo custo um padrão de vida que não possuem, contraem dívidas que com o tempo transformam-se numa imensa bola de neve, e despesas essenciais, tais como Luz, Telefone, Condomínio IPTU e até a Escola dos filhos, deixam de ser pagas. Quem assim age, acaba naufragando num mar de dívidas.
Dar a Deus o que é Deus é obrigação de todo cristão, como também a César o que é de César. Isso Jesus nos deixou bem claro. Portanto, vamos obedecer a Palavra de Deus no todo, não em partes. Chiara Lubich, escritora italiana, sempre nos disse que dívida é coisa do demônio.
Para refletir: "É preferível comermos sardinha e arrotarmos sardinha, mas sem dever a ninguém, a comermos sardinhas e arrotarmos caviar, com os credores à nossa porta todos os dias".
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"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)