Que tipo de contribuição você dá, para que o mau caratismo, a fofoca, a calúnia, a difamação e a intriga não sobrevivam na Terra?
Mas não nos prevenimos e nem dedicamos nenhum cuidado contra um mal muito pior que prejudica a vida do homem, causa desgraças terríveis, injustiças, torturas e até destruição em massa, que é o mau caratismo.
Não se vê livro nenhum ensinando as pessoas como se livrar ou pelo menos se prevenir contra o mau caratismo. Não há curso nenhum, em colégio ou faculdade alguma, tratando deste assunto. Mas será que a gente precisa de cursos e livros para estarmos prevenidos contra isto? Será que a experiência nossa de cada dia, altamente ilustrada, não é o suficiente? Vejamos:
O mais lamentável de tudo, é que todos nós que assistimos filmes no cinema e na televisão, acompanhamos novelas e dramas e temos também muita experiência em saber como agem as pessoas de mau caráter, o que elas costumam fazer quando desejam destruir alguém, as suas estratégias, os seus venenos espirituais, os seus cinismos em se apresentarem como santas para as pessoas, camuflando sempre as suas maldades e perversidades, o sangue frio como agem, a indiferença e a insensibilidade humana mas não fazemos absolutamente nada para evitar que as suas ações continuem a acontecer.
Já era tempo de estarmos bastante experientes e prevenidos, dificultando a ação das pessoas de mau caráter.
Não é preciso você se formar em Psicologia, basta começar a perceber alguns detalhes que a psicologia ensina, não apenas para os psicólogos mas para a criatura humana de um modo geral.
Em princípio saiba que:
Inimigo nunca deve merecer credibilidade nenhuma, em momento algum, sob nenhuma hipótese.
Da mesma forma carta anônima, informações que você não consiga identificar a origem, e nem informação que, mesmo tendo um informante identificado, mas esse não assume a responsabilidade sobre o que está dizendo merecem qualquer credibilidade.
Conclusões tiradas com base em “disse-me-disse” só podem ser praticadas por pessoas de coeficientes de inteligências muito rasteiros.
“Ah! Mas saiu na revista Tal e Tal”.
Mesmo assim, a informação deve ser checada, com muito cuidado e critério. Jamais absorver de pronto como sendo necessariamente verdadeira e muito menos que os fatos ocorreram daquele jeito como foi passado ao público.
Imagine você, se há dois mil anos atrás, existissem revistas, jornais, rádios e televisões em Roma, tudo sob o rigoroso domínio de César, o que eles diriam a respeito de Jesus.
Tenhamos muito cuidado, mas muito mesmo, contra as estratégias mafiosas e sem vergonha de um monte de gente.
Saibamos que gente não só da Igreja mas principalmente do governo da época, em determinado momento na história deste país, tentou passar para o grande povo católico que Dom Hélder Câmara era um bandido, agitador, incendiário, subversivo e perigoso. No entanto, foi um dos homens de maior honra, bondade, altivez, honestidade, caráter, coragem, dignidade e humildade autêntica que o Brasil já teve. Exemplo de autêntico amor.
O problema é que ele nunca abriu mão do seu caráter e da sua dignidade para servir aos interesses de canalhas do religiosismo e da política comprometida.
Irmã Dulce, também, em Salvador teve um momento em que foi vítima de processo de difamação, promovida por gente até da própria igreja católica, a sua igreja, que ela tanto amou. No entanto foi uma das mulheres mais extraordinárias da história do Brasil, que jamais será esquecida pelas pessoas de bem.
Mahatma Gandhi também foi vítima de uma trama inglesa, para manipular a consciência do povo da Índia sobre a sua conduta, a sua honra e as suas intenções. Muita gente foi na onda. Acabou sendo assassinado.
O próprio Jesus, o Cristo, foi uma das maiores vítimas de toda a história da humanidade, por causa do mau caratismo. A sem-vergonhice foi tão bem planejada, que convenceram a um apóstolo seu, que vivia ao seu lado o tempo todo, que convivia com ele, que testemunhava as suas ações e intenções, a entregá-lo ao suplício.
As pessoas não analisam as outras pelo que elas são, pelo que elas fazem, pelo que praticam, pelo que elas mesmas testemunham do seu comportamento, da sua filosofia de vida repetida ao longo de anos e anos, mas pelo que um ou outro venha a achar dela.
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)