Doce Deleite



terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Advento, tempo de espera



A Igreja vive o tempo do Advento que tem um caráter simbólico, um sentido histórico, uma linguagem sacramental e uma dimensão escatológica. Nele vemos simbolizado o tempo de espera do Messias: “Muitas foram as características que marcaram o Povo de Deus no Antigo Testamento. Mas a mais profunda sempre foi a de esperar pelo Messias Salvador. Em meio a todo tipo de provações e tribulações, o Povo sempre de novo ouvia a voz de algum profeta que recordava as promessas antigas.” Sob o aspecto histórico, o Advento “traz aos cristãos a recordação de um evento real situado no tempo e no espaço, manifestando-se Deus aos homens na pessoa divino-humana do Filho, o Emanuel.”

Ao assumir a condição humana, Cristo tornou-se semelhante a nós, com todas as expressões da fragilidade das criaturas, à exceção do pecado, diferentemente do momento da criação, quando Deus tornou o homem sua imagem e semelhança, elevando-o àquela dignidade que jamais poderia adquirir por seus próprios méritos. Em sua linguagem sacramental, o Advento “atualiza o evento salvífico e transcende do tempo. Dele os que têm fé recebem a seiva vivificante da graça. É fonte de cristã.” A sua dimensão escatológica aponta a realidade futura, com “a segunda vinda do Senhor na glória. (...) Vivemos na esperança alegre do mundo futuro.”

São Bernardo, num dos seus sermões, fala da “tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.”

Iluminados pela fé, estimulados pela esperança, fortalecidos pela caridade, vivemos, na liturgia, essa experiência da “vinda intermediária” de Jesus que “está no meio de nós”, como proclamamos em nossas celebrações. Nesse tempo litúrgico, a vida dos cristãos é alimentada pela espiritualidade do Advento: “Temos quatro semanas nas quais de domingo a domingo vamos nos preparando para a vinda do Senhor.

A primeira das semanas do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia nos convida a estar em vela, mantendo uma especial atitude de conversão. A segunda semana nos convida, por meio do Batista a ‘preparar os caminhos do Senhor’; isso é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida. A terceira semana preanuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor. Finalmente, a quarta semana nos fala do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é figura central, e sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.”

Como percebemos, o Advento não fotocopia nem reprisa o passado; para “os que têm fé”, a graça sacramental torna realidade vivida no aqui e agora o mistério do Natal. É importante termos presente essa expressão sacramental do Advento, enquanto caminhamos à luz da fé. Estejamos atentos à melhor forma de preparação para o Natal do Senhor. Na verdade, a linguagem da Igreja diverge da linguagem da mídia, a mensagem espiritual contrasta com o enfoque comercial, a natureza celebrativa não condiz com a mentalidade consumista. De fato, o Natal, dom de Deus, não pode ser medido pela doação ou troca de presentes, dons humanos, mesmo que legítimos, no contexto das relações familiares e sociais!

Dom Genival Saraiva - Bispo de Palmares-PE

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23:29.
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"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos." (São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)

"Hoje, o que os outros pensam de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros pensam de mim, mas do que Deus sabe a meu respeito".




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ღஐºSaudade é o amor que fica!ღஐº

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por amor."


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“Olha, eu acho que tem que haver a descriminalização do aborto. Hoje, no Brasil, isso é um absurdo que não haja a descriminalização.” Em sabatina à Folha de S. Paulo - 4 de outubro de 2007. "Eu acho que, o aborto, do ponto de vista de um governo, é uma questão não é de foro íntimo, é uma questão de saúde pública".


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