3. Espiritualidade do Advento
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (1Tm 1,1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" em nossas próprias vidas, lutando contra o pecado através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
4. As figuras do Advento
Isaías
É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, nos capítulos 40-55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo, e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados. As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos.
João Batista
É o último dos profetas e, segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7,26-28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1,76s). A figura de João Batista encarna o espírito do Advento. É o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a ser também profetas e profecias do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmos, levando por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.
Maria
Não há melhor maneira de se viver o Advento que unindo-nos a Maria como mãe, grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus quis o sim de Maria, Ele também espera o nosso sim para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se "preparou" para o nascimento de Jesus, nós precisamos preparar-nos para vivenciar o Seu nascimento em nós mesmos e no mundo.
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"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)