Diante do que lemos, ouvimos e assistimos todos os dias, quase sempre nos deparamos com a desonestidade intelectual; fruto da má fé dos profissionais da mídia e dos formadores de opinião em geral. E não só, temos pessoas comuns fomentando essa prática quando publicam seus escritos, uma vez que hoje são disponibilizadas ferramentas que estão ao alcance de todos.
Mas, o que vem a ser desonestidade intelectual? Quando ela ocorre e quem é o sujeito desta prática tão nefasta?
Apesar de ter uma idéia do que isto significa, quis ter uma definição que mais se aproximasse do seu verdadeiro sentido, para não incorrer no mesmo erro e também para poder chegar aonde eu quero. Desonestidade intelectual é a distorção proposital dos fatos, das estatísticas e das idéias... “Ignorância” é o desconhecimento de tais causas e efeitos dos fatos geradores, das estatísticas comprobatórias e das idéias que sejam relevantes;Esse tipo de desonestidade ocorre quando não se está de fato interessado e, muito menos preocupado, com a busca sincera da verdade de forma imparcial, mas sim atrás de outros objetivos mais obscuros;
O grande sujeito dessa prática é o
desonesto intelectual. Aquele que sabe da verdade mas omite. Mente descaradamente. Seu único objetivo é desqualificar o que escolheu como alvo, seja pessoas ou instituições. Mesmo tendo a capacidade para saber que, o que está dizendo é desonesto, é mentira; opta por persistir no erro, e o que é pior, acaba levando os incautos a acreditarem no que dizem. O
desonesto intelectual é ainda aquele sujeito que, no seu dia-a-dia, adota aquela máxima tão conhecida, atribuída ao ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels:
"Se você não tiver uma boa verdade, repita mil vezes uma mentira que ela se tornará verdade".Temos vários exemplos de desonestidade intelectual que abrange todos os setores da sociedade, porém não vou esmiuçá-los aqui, apenas vou ater-me a um: o religioso, mais especificamente,
o Catolicismo que, via de regra, é alvo favorito do protestantismo. Só para citar um exemplo prático:
Hugh P Jeter escreveu um livro que procura impugnar a Igreja católica, seu credo e sua história. Intitula-se "Será mesmo cristão o Catolicismo Romano"?O teólogo e monge beneditino,
Dom Estevão Bittencourt, (falecido no ano passado) disse que na Redação da Revista "Pergunte e Responderemos", recebe vários escritos dessa natureza. Na edição de nº 452, sobre a famigerada
"obra", diz o seguinte:
Eis mais um livro de origem protestante que visa a atacar a Igreja Católica de maneira sectária ou preconceituosa, com distorção da verdade. De modo geral pode-se dizer que tais obras se caracterizam por:Alusões falsas ou preconceituosas à Igreja. Os autores armam um fantoche não católico e atiram nele, tencionando atacar a Igreja Católica;
Citação parcial da Bíblia, pondo em relevo apenas os textos que correspondem ao pensamento do autor e omitindo os demais;
Tom proselitista dissimulado sob o aspecto de querer bem ao irmão católico.Em geral, a literatura polêmica protestante se ressente de preconceitos que obcecam os respectivos autores e os levam a atribuir à Igreja Católica o que ela jamais disse ou fez. O amor à VERDADE há de ser característica do autêntico cristão.O fato é que este tipo de
literatura está mais para um j
ornalismo marrom, onde as realidades dos fatos são distorcidas de modo a influenciar aquele leitor desavisado. Essa literatura se manifesta sempre quando a verdade é propositadamente omitida e a história distorcida, ou parcialmente contada segundo seus interesses.
Cabe a cada leitor usar de senso crítico e não se utilizar dessa pseuda literatura. Um leitor honesto é bem informado, não acredita em tudo que lê, antes consulta fontes fidedignas, para se inteirar dos fatos a fim de não correr o risco de cometer os mesmo deslizes.
A Igreja Católica disponibiliza seus documentos a todos aqueles que estejam realmente interessados em conhecer a sua história, o seu credo. Muitos protestantes que se aventuraram nessa maravilhosa empreitada; se não se converteram ao Catolicismo, pelo menos deixaram de propagar mentiras a seu respeito.
Num dos texto que li, selecionei este trecho que encerra uma grande verdade acerca da desonestidade protestante em tudo que se refere ao catolicismo.
"Não vemos nenhum protestante utilizar, sequer, textos do Magistério da Igreja para denunciar supostos erros, mas apenas se utilizam daquilo que acreditam ser o que a Igreja ensina. A isso, em Retórica, se chama de Falácia do homem de palha. Consiste justamente em atribuir idéias intrinsecamente negativas a quem atacam. Além disso, para convencer os seus próprios, utilizam-se de 'Argumentum ad Nauseam' (outra categoria de falácia), repetindo uma mentira até que passe a ser considerada consenso".Fechando com chave de ouro, deixo uma frase extraída de um texto de
Rodrigo Constantino:
"Apenas alguém muito honesto intelectualmente, e humilde o suficiente, irá buscar a verdade de forma sincera, sem se preocupar muito em contrariar com novos fatos suas idéias já pré-concebidas".