terça-feira, 19 de maio de 2009
Limites
"Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado".
As primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de seus progenitores e, com o esforço de abolir os abusos do passado, são os pais mais dedicados e compreensivos; mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O mais grave é que estão lidando com crianças mais “espertas” do que eles, mais ousadas e mais “poderosas” que nunca! Parece que, nessa tentativa de serem os pais que queriam ser, passam de um extremo ao outro.
Assim, são a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais. E os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.
À medida que o permissível substituiu a autoridade, os termos das relações familiares mudaram de forma radical para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais.
Mas, na medida em que as fronteiras hierárquicas entre os pais e os filhos foram se desvanecendo, hoje os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.
E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver e, que além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer dizer; os papéis se inverteram. Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado. Isto explica o esforço que fazem tantos pais para serem os melhores amigos e “darem tudo” a seus filhos.
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao os verem tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, os pais estão à frente de suas vidas como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podem conter. E de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão.
É assim que evitarão que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece estar à deriva, sem parâmetros nem destino.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirão confiar em nossas idoneidades para governarem suas vidas enquanto forem menores, porque irão à frente liderando-os e não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades.
Os limites abrigam o indivíduo com amor ilimitado e profundo respeito.
Mensagem recebida por e-mail, com algumas adaptações.
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21:08.