Quantas mulheres que a vida não escolheu para os seus próprios filhos, não se tornaram mães das próprias mães? Quantas? Ou do pai ou do avô. A maternidade é irreprimível. Como uma fonte de água que uma pedra obstrui, ela vai brotar mais adiante.
A freira é filha de Deus, mas numa repetição perpétua do mistério da Virgem, torna-se mãe de Jesus.
Na guerra, a mulher é mãe dos feridos, mesmo que usem outras bandeiras e vistam outro uniforme.
A maternidade não tem fronteiras, não tem cor, não tem preferências. É das poucas coisas que basta a si próprias. Tem a sua própria religião.
Tem a sua própria ideologia, Madre, mãe, mater. Causa, origem, começo. Toda mulher é mãe.
Hoje, ao abrir meu e-mail, deparei-me com essa bela mensagem, de autor desconhecido, enviada por minha mana de Aracaju. O autor foi feliz ao criar esse poema, porque teve a sensibilidade de enaltecer não só as mulheres que são mães biológicas ou mesmo adotivas, mas aquelas que também são mães, mesmo que nunca tenham gerado ou adotado filhos.
Há milhares e milhões delas por aí que seguem cumprindo esse papel de mães, muito mais que aquelas que geraram ou adotaram.
Como somos mais disponíveis, acabamos virando mãe de muita gente: dos sobrinhos, dos filhos dos outros, dos pais, dos irmãos que têm problemas, da diarista... Ou seja: para que as mães possam ser mães com mais tranqüilidade, é preciso haver algumas "mães" cuidando do resto.