Quando finalmente a porta se abriu, logo não hall principal de entrada, fomos recebidos com uma taça de champanhe. Nessa entrada havia um imenso candelabro com muitas velas acesas. Na mesa onde estavam servindo a champanhe, havia imensos vasilhames, creio que de prata, cheios de docinhos variados. Então fomos conduzidos até o salão pelo pessoal do cerimonial que indicava a localização das mesas que constava os nomes dos médicos recém formados.
Eram duas mesas para cada um, sendo a primeira retangular e mais extensa, onde havia, de ponta a ponta um arranjo de flores tropicais e mais uma bela armação que ia até o alto com velas acesas. A outra mesa era quadrada, bem menor, com um arranjo não menos bonito. Nelas constavam também uma foto de cada um. No centro do salão, havia um bar com pelo menos uns 10 garçons e garçonetes, todos jovens, paraservirem os coquitéis.
Assim que tomamos nossos lugares, começaram a nos servir com diversos petiscos, saladas, salgadinhos quentes, refrigerantes, chopp e água. O serviço não parava um só instante. Foi então anunciado que todos os concluintes se dirigissem com os pais ao andar de cima para dar início à festa. Cada concluinte que era anunciado descia ladeado pelos pais ao som de uma música previamente escolhida. Um corredor foi formado pelos convidados, do início da escadaria, até o salão. A torcida formada pelos familiares e amigos, era grande.
Quando chegou a vez de
Lívia e
Cinho, Foi uma emoção e tanto, pois eram dois irmãos se formando em medicina, ao mesmo tempo. Os quatro, desceram ao som de um forró, com Cinho ostentando uma bandeira do Fortaleza, seu clube do coração. Foi lindo demais, vibramos bastante. Quando foi anunciado o último concluinte, deu-se o início da valsa com os pais, em seguida com os parentes. Eu tive direito a uma pequena rodada com o Cinho, pois o mulherio era demais para um só valsa. Já a Lili dançou com o pai e o avô.
Despois dessa pompa toda, começou a festa de fato. O conjunto começou tocar e cantar:
"Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita: é bonita, e é bonita é bonita "...
E assim rolou uma festa com todo o entusiasmo dos presentes. Teve até um mini trio-elétrico no salão ao som de axés baianos. Enquanto isso o pessoal comia e bebia, bebia e comia. E ainda teve jantar e, depois do jantar, salgadinhos, refrigerantes, água, chopps. Finalmente chegou a vez dos docinhos serem devorados. E quem disse que o pessoal dava conta dos docinhos? Quanto mais comia-se docinhos, quanto mais levassem, os docinhos pareciam que se mutiplicavam. Nunca vi tanto docinhos juntos. Depois eu soube que foram 10.000. E ainda não acabou. Nessa mesma mesa, ainda era servido café com biscoitinhos.
Lá pelas tantas já tinha gente entregando os pontos. Eu era uma delas. Quando a condução chegou eu fui na primeira leva, pois já se passava das 03:00 h e a próxima seria às 05:00 h. Meus pés, àquela altura, já não aguentava mais com as sandálias apertando. Não via a hora de chegar em casa para descansar de uma dia carregado de
"tantas emoções". .