Doce Deleite



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Epifania do Senhor


«A luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a admitiram» (Jo 1, 5).

A inteira Liturgia de hoje fala da luz de Cristo, daquela luz que se acendeu na Noite Santa. A mesma luz que conduziu os pastores à gruta de Belém indica o caminho, no dia da Epifania, aos Magos que vieram do Oriente para adorar o Rei dos Judeus, e brilha para todos os homens e povos que aspiram a encontrar Deus.

Na sua busca espiritual, o ser humano já dispõe naturalmente de uma luz que o guia: é a razão, graças à qual mesmo tacteando ele pode orientar-se (cf. Act 17, 27), para o seu Criador. Mas dado que é fácil perder o caminho, Deus mesmo lhe veio em socorro com a luz da revelação, que alcançou a sua plenitude na encarnação do Verbo, eterna Palavra de verdade.

A Epifania celebra o aparecimento desta Luz divina no mundo, com a qual Deus Se encontrou com a fraca chama da razão humana. Na solenidade hodierna é proposta assim a íntima relação que se interpõe entre razão e fé, as duas asas de que dispõe o espírito humano para se elevar rumo à contemplação da verdade, como recordei na recente Encíclica Fides et ratio.

Cristo não é só luz que ilumina o caminho do homem. Ele fez-Se também caminho para os seus passos incertos rumo a Deus, fonte da vida. Um dia, Ele dirá aos Apóstolos: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim. Se vós Me conhecêsseis, também conheceríeis Meu Pai; desde agora O conheceis e O tendes visto» (Jo 14, 6-7). E, diante da objecção de Filipe, acrescentará: «Quem Me vê, vê o Pai... Eu estou no Pai e o Pai está em Mim» (ibid., vv. 9.11). A epifania do Filho é a epifania do Pai.

Não é talvez este, em definitivo, o objetivo da vinda de Cristo ao mundo? Ele mesmo declarou que tinha vindo para «fazer conhecer o Pai», para «explicar» aos homens quem é Deus, para revelar o Seu rosto, o Seu «nome» (17, 3). No encontro com o Pai consiste a vida eterna . Como é oportuna, portanto, esta reflexão, especialmente no ano dedicado ao Pai!

A Igreja prolonga nos séculos a missão do seu Senhor: o seu primeiro empenho é fazer com que todos os homens conheçam o rosto do Pai, refletindo a luz de Cristo, lumen gentium, luz de amor, de verdade, de paz. Por isto o divino Mestre enviou ao mundo os Apóstolos e, no mesmo Espírito, continuamente envia os Bispos seus sucessores.

No limiar do terceiro milénio, o mundo tem mais do que nunca necessidade de experimentar a bondade divina, de sentir o amor de Deus por todas e cada uma das pessoas.

Também a esta nossa época condiz o oráculo do profeta Isaías, que acabámos de escutar: «A noite cobre a terra e a escuridão os povos; mas sobre ti levantar-se-á o Senhor, a sua glória te iluminará» (Is 60, 2-3). No ápice, por assim dizer, entre o segundo e o terceiro milénio, a Igreja é chamada a revestir-se de luz (60, 1), para brilhar como cidade construída sobre o monte: a Igreja não pode permanecer escondida (Mt 5, 14), porque os homens têm necessidade de recolher a mensagem de luz e esperança e de dar glória ao Pai, que está nos céus (5, 16).

Conscientes desta tarefa apostólica e missionária, que é de todo o povo cristão, mas de modo especial de quantos o Espírito Santo pôs como Bispos a governar a Igreja de Deus (cf. Act 20, 28), dirigimo-nos a Belém como peregrinos, para nos unirmos aos Magos do Oriente, enquanto oferecem dons ao Rei recém-nascido.

O verdadeiro dom, porém, é Ele: Jesus, o dom de Deus ao mundo. É Ele que devemos acolher para O levar, por nossa vez, a todos aqueles com quem nos encontrarmos no nosso caminho. Para todos Ele é a epifania, a manifestação de Deus esperança do homem, de Deus libertação do homem, de Deus salvação do homem. Cristo em Belém nasceu para nós.

Vinde, adoremos! Amém.

Homilia do Santo Padre João Paulo II
na Solenidade da Epifania do Senhor
6 de Janeiro de 1999






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Natural de Recife-Pe

"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos." (São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)

"Hoje, o que os outros pensam de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros pensam de mim, mas do que Deus sabe a meu respeito".




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ღஐºSaudade é o amor que fica!ღஐº

"O tempo não pára! A saudade é que faz as coisas pararem no tempo"...

"Duas pessoas que se amam não podem deixar de se encontrar e, pelo mesmo motivo, não podem ser separadas.
Uma  torna a outra 'eterna'
por amor."


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    Em nenhum símbolo de Fé temos o atributo "Romana" designando a Igreja de Cristo, isso por que ser designado como Romana não é atributo da Igreja e sim uma referência a sua origem e sua Sé Primaz. Santa, Una, Católica e Apostólica são seus atributos, Romana é sua origem. A Igreja de Cristo nasceu no Império Romano, ganhou o mundo a partir de Roma, e em Roma foi estabelecida a Sé Primaz dessa Igreja, por isso, os cristãos do mundo inteiro devem estar em comunhão com a Sé Romana, onde repousa a Cátedra de Pedro, a Sé Apostólica.



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