sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
O último dia de 2009
Um dia marcado por diversos acontecimentos trágicos, culminando com mortes, sobretudo no Rio de Janeiro, onde se promove nas areias da praia de Copacabana, o maior réveillon do Brasil.
Pra mim foi um dia bastante intenso que começou por volta das 04:45 quando tive que ir às compras na CEASA, para não ter que fazer no final de semana. Por causa disso meu cansaço foi multiplicado, devido também, aos preparativos para as festividades do encerramento do ano, uma vez que todos se reunem aqui para as comemorações.
Lá pelo fim da tarde recebi a triste notícia de que um cunhado meu havia falecido. A princípio pensei tratar-se de uma acidente de carro, mas foi um infarto fulminante. Esse tipo de notícia sempre nos surpreende, mesmo que, a qualquer dia ou a qualquer hora, qualquer um de nós pode vir a ser chamado. Mesmo assim não é fácil assimilar tão prontamente a idéia da morte.
Enfim, Xando, como era chamado pelos seus, partiu deixando, além de saudades, motivos mais que suficientes para uma boa reflexão acerca do nosso estilo de vida pouco saudável. Espero que pelo menos, seus irmãos se conscientizem de que é preciso se cuidar para que o fato não se repita. Quanto a sua vida espiritual e quanto aos seus erros, não nos cabe julgar, mas pedir ao Eterno Pai que tenha misericórdia de sua alma, assim como esperamos que Ele tenha da nossa, que aqui ficamos.
Diante de tantos acontecimentos no último dia do ano, ficou bem claro em mim o que disse uma senhora numa entrevista. Por causa das fortes chuvas que ocasionou prejuízos e perdas, ela disse que seria apenas mais um dia que terminava seguido de outro que começava, pois não tinha motivos para comemorar. Se por um lado concordo com ela; por outro não, porque, apesar das vicissitudes, devemos comemorar o fato de estarmos vivos. Devemos, todos os dias, agradecer a Deus pelo dom supremo que é a vida.
Pois bem. Na passagem de um ano para o outro, Xando partiu e foi sepultado. Da família que ele constitui só restou Júnior. Quem primeiro partiu, ainda no auge da juventude, foi sua primogênita Camila; depois, há pouco mais de um ano, foi Silvana, sua esposa. Resta, aos que ficaram, dar o apoio necessário a Júnior, que hoje, mais do que nunca, precisa do carinho de todos.
Enquanto aguardávamos a saída do féretro, aproveitei a oportunidade para me aproximar de uma pessoa, pois que havia entre nós, um assunto mal resolvido. Foi muito bom porque naquele curto espaço de tempo pudemos desfazer um mal entendido, eliminando de uma vez todo e qualquer tipo de resquícios. Achei interessante uma frase que ela citou: "todos nós temos o nosso dia de jiló". É verdade, devo admitir, porém não devo permitir que isso aconteça sempre.
É isso. Como diz aquela música: "Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce novo em cada amanhecer"...
Marcadores: Morte, Vida
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22:32.
