terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Primeira Classe
"Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe".
Hoje, no programa do Pe Marcelo Rossi, escutei uma historinha muito interessante acerca de um aldeão que recebeu um bilhete para viajar de trem. A história começa assim:
Numa aldeia distante, ao sul da Rússia, um de seus habitantes mais pobres recebeu um bilhete de trem para visitar um primo muito rico. Ele chegou na ferroviária segurando o seu bilhete. Como nunca tinha viajado de trem, não sabia como agir.
Então percebeu que havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se sentar com elas, afinal estava mal vestido. No fundo da estação, viu um grupo de malandros maltrapilhos e se juntou a eles imaginando que aquele era o seu lugar.
Os passageiros da primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando. De repente, ouve-se um apito e o trem começa a se movimentar. Os malandros pularam para dentro do vagão de bagagens, e ele entrou com eles, ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua passagem, tremendo de medo. Ele agüentou firme, imaginando que aquele era o seu lugar. Até que a porta do vagão se abriu e o maquinista entrou, acompanhado de dois policiais.
Eles reviraram as bagagens até que encontraram ele e seus amigos no fundo do vagão.
O maquinista então perguntou: "Posso ver os bilhetes?”
Ele prontamente se levantou e apresentou o seu bilhete.
O maquinista analisou a passagem e e disse:
"Meu rapaz, você tem uma passagem de primeira classe nas mãos.
O que você está fazendo aqui no vagão de carga?"
E o maquinista concluiu: "Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe".
Mas infelizmente não é assim que se comportam muitos dos que têm um bilhete de primeira classe. Ao invés de ficar segurando o bilhete para uma eventual volta ao seu lugar de direito, preferem rasgá-lo e jogá-lo fora para eliminar, de vez, qualquer vestígio do seu lugar de origem.
O personagem dessa história juntou-se aos marginais maltrapilhos por ignorância, por achar que o seu lugar era junto deles e não no outro grupo. Mas há quem, por livre vontade, seduzido pela promessa de uma vida "fácil", deixa seu ambiente de Primeira Classe - achando que lá não o seu lugar - para se misturar com gente desclassificada, de caráter duvidoso, que tem como objetivo promover a cizânia entre as pessoas. Onde esse tipo de gente consegue chegar a confusão se instala. Gente desse tipo está sempre a serviço do mal. E quem está a serviço do mal é capaz de tudo!
Portanto, devemos estar sempre atentos em relação a esses indivíduos, porque, ao contrário dos maltrapilhos, fáceis de identificar, estes são malandros bem vestidos, bem articulados, de fala mansa e sorriso largo, protótipos do sujeito boa-praça que "encanta" a platéia.
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23:17.
