Pe. Werenfried van Straaten, fundador da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), nasceu há 94 anos. Falecido a 31 de Janeiro de 2003, Philippus Johannes Hendricus van Straaten - mais tarde Werenfried, que significa «combatente pela paz» - deixou atrás de si uma obra notável de reconciliação numa Europa dilacerada pela Guerra.
Neste ano de 2007 a AIS assinala 60 anos de vida, permanecendo como o símbolo maior da vida deste sacerdote holandês, nascido a 17 de Janeiro de 1913 em Mijdrecht, perto de Amsterdã, na Holanda. Uma vida de luta incansável pela paz e reconciliação.
Depois da II Guerra Mundial, no Natal de 1947, o Padre Werenfried escreveu um artigo intitulado «Sem lugar na estalagem», onde apelava à ajuda a 14 milhões de alemães desalojados, expulsos após a guerra, 6 milhões dos quais eram católicos. A resposta a este seu apelo ultrapassou todas as expectativas e marcou o início da Organização hoje conhecida como Ajuda à Igreja que Sofre.
Uma das primeiras coisas que o Padre Werenfried pediu às populações flamengas foi toucinho, para que pudesse ao menos aliviar as enormes carências alimentares dos refugiados. Conseguiu reunir tanto toucinho que depressa ganhou o apelido de «Padre Toucinho».
Desde o seu início, a AIS teve uma forte ligação aos Papas e tornou-se uma organização de direito pontifício, que responde diretamente perante o Vaticano. Ao longo destes 60 anos foram recolhidos mais de 2,7 bilhões de euros, que ajudaram mais de 200 mil projetos pastorais.
Mais de 600 mil benfeitores são informados, de forma regular, sobre a situação e as necessidades da Igreja, através de 17 secretariados nacionais. A oração, a informação e a ajuda concreta são os pilares em que assenta a Obra.
A defesa dos direitos humanos e da liberdade religiosa, bem como a denúncia dos totalitarismos, do fanatismo religioso, a multiplicação das seitas e a falta de sacerdotes são, entre outras questões, as áreas atuais de ação da organização.
A Ajuda à Igreja que Sofre divulga informação cristã, em colaboração com os meios de comunicação social, através da impressão e distribuição de literatura religiosa e da publicação e divulgação de relatórios sobre a Igreja perseguida.
Com o objetivo de disponibilizar meios para que a Igreja perseguida possa realizar a sua missão de evangelização, a Ajuda à Igreja que Sofre recolhe donativos de inúmeros benfeitores em todo o mundo para apoiar projetos de formação, de construção e reparação de edifícios religiosos, de disponibilização de meios de transporte para trabalho pastoral e de apoio a refugiados.
Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)