quinta-feira, 17 de maio de 2007
Simplesmente Maria!
"Não precisamos enumerar as Razões Porque Amamos Maria. Os motivos para amá-la são mais do que suficientes".
Muitas e grandiosas são as glórias de Maria Santíssima, pelas quais não cessam de propagar e cantar seus louvores todos os seus servos. Não apenas os anjos e santos nos céus, mas também nós os pecadores glorificamos com confiança todos os dias a tão excelsa mãe. Não podia portanto, a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, calar-se a respeito da mais sublime de suas criaturas.
Maria apresenta-se a nós como uma jovem que vive de Deus. Vive em Deus, vive Deus. O mundo não a distrai, não a atrai. Ela pertence ao seu Deus e Senhor, a Ele consagrou sua virgindade. N’Ele encontrou a liberdade.
Maria tece uma história que é um poema; subentende a Teologia, e entende os mistério da encarnação, as graças e os sacramentos, enquanto reúne e celebra todas as virtudes: a pureza até a Imaculada Conceição, a caridade até a oferta do filho; a sabedoria e a fé, a piedade e a alegria, até tornar-se plena do Espírito Santo.
Assim Maria, enquanto mulher virgem, pertence a quem conservou a virgindade; enquanto esposa pertence aos casados, da mesma forma pertence às viúvas, e como mãe do Sacerdote Eterno, participa do sacerdócio universal, é Dele a expressão máxima. É leiga, e por isso pertence ao povo. Resume a condição de todos e de cada um. Por causa desta sua identidade universal, todos são convidados a imitá-la, porque ela tem condições de resumir em si os deveres e as belezas da virgindade e do matrimônio, da família e da solidão.
A autêntica doutrina mariana é assegurada pela fidelidade às escrituras, portanto a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, não podia calar-se a respeito da mais sublime de suas criaturas. As Sagradas Escrituras exaltam e testemunham as glórias de Nossa Senhora.
As glórias da Virgem Maria segundo as Escrituras
''Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e seu nome será chamado "Deus-conosco".(Isaías 7,14).
Isaías havia expressamente previsto que Ele (JESUS) nasceria de uma virgem. A frase 'Eis que uma virgem conceberá' significa certamente que a virgem iria conceber sem ter relacionamento. Se ela tivesse relacionamento com qualquer um que fosse, ela não poderia ser virgem.
E se o sinal dado pela profecia era que "uma virgem daria à luz", se ela, depois, se tornasse mãe de outros filhos de modo normal, se poria muito mais em dúvida sua virgindade e sua honestidade no caso da geração de Jesus.
Maria iniciou com sua sagrada gravidez o restabelecimento da concórdia entre Deus e os homens conforme está escrito:
"Por isso, Deus os abandonará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz" (Miquéias 5,2)
Os Evangelhos pouco nos falarão desta convivência entre Maria e Jesus, mas certamente Ela foi de grande influência na formação humana e religiosa de seu Filho. Podemos imaginá-la a cuidar do Menino, ensinando-Lhe os primeiros passos, maravilhando-se com Suas primeiras palavras. Como mãe, Maria conhecia seu filho por inteiro, corpo e alma. Sabia-Lhe os sentimentos mais profundos, compartilhava de Seus sonhos. Conheciam o mesmo Deus, a quem serviam e descobriam os caminhos.
Maria se lança no mistério divino por inteira. Questiona o anjo, medita sobre a manjedoura, interpela em Caná, sofre no Calvário, motiva no Cenáculo, e, sobretudo, acredita no amor infinito do Senhor por seu povo. Sabe servi-Lo como nenhum outro serviu. Sabe acreditar Nele como nenhum outro acreditou. Por isso, faz-se rainha diante da humanidade sofrida que deseja tocar-Lhe como que pedindo para que faça de cada coração humano um coração semelhante ao seu.
Nos vários encontros entre Maria, Jesus e os demais personagens que compõem a história humana do Filho de Deus descobriremos na Mãe do Senhor, um coração humano, atento à vontade do Pai, buscando compreender Seus caminhos e atuante em direção ao outro, sabedor que a vontade de Deus é o amor entre seus filhos.
A vida de Maria é, pois, uma trajetória de contemplação, discernimento e ação. Por isso, podemos pedir à Mãe Intercessora que nos conduza no caminho trilhado por Seu Filho, para que possamos também amá-Lo e servi-Lo.
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09:21.