Doce Deleite



sábado, 14 de novembro de 2009

Resposta a Dave Hunt


Dave Hunt

Um dos métodos apologéticos que mais me tem facilitado o trabalho - na medida de minhas possibilidades - é extrair citações de autores anticatólicos (como Daniel Sapia, Jack T. Chick etc.) e oferecer-lhes uma resposta concisa, bíblica e cristã, seguindo uma ordem e um sistema.

Os assuntos abordados por estes autores percorrem muitas áreas da doutrina cristã, discutindo pontos de interpretação bíblica que dão origem a discordâncias entre a doutrina católica e as doutrinas protestantes.

No entanto, já há algum tempo, está na moda entre os anticatólicos ATACAR a Igreja Católica por outros flancos, não relacionados com a doutrina que ela ensina, mas com AÇÕES que ela realiza como Instituição: o Papa como sucessor de São Pedro e chefe visível da Igreja ou alguns fiéis católicos individualmente.

Estas ações que criticam são várias e, em certas ocasiões, ridículas como fundamento para o ataque de quem as invoca. Basta citar o uso da cruz invertida, que no sentido cristão significa a cruz de São Pedro e que (unicamente) alguns anticatólicos enxergam como símbolo satânico, e, quando não, acusam os católicos da única Igreja, que é UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA, de louvar ao criatura no lugar do Criador.

Neste artigo, o autor enfoca aspectos mistos (doutrina e ações) e que, sobretudo, se relacionam ao ECUMENISMO que a Igreja Católica vem buscando há algumas décadas, desde que o Concílio Vaticano II abriu o caminho do diálogo interreligioso e da unidade entre os cristãos.

Não me surpreende que existam pessoas que resistam desesperadamente às tentativas de união fomentadas pela Igreja Católica. O que me surpreende é a série de razões, ou melhor dizendo, supostas razões, com as quais acreditam justificar o seu antiecumenismo, propiciando a separação, divisão e ÓDIO entre os próprios cristãos.

Por isso, responderei e comentarei um artigo assinado pelo anticatólico Dave Hunt[1], patrocinado por antiecumênicos de língua espanhola.

Para começar, a linguagem da introdução possui um tom sensacionalista. Me faz recordar numerosos discursos de líderes políticos ao povo, com a finalidade de colocá-lo de prontidão.

Faz lembrar George Bush advertindo "do perigo terrorista contra os Estados Unidos" ou Fidel Castro avisando que "os norte-americanos querem invadir a nossa ilha".

Isto provoca tensão no leitor, que espera que o autor lhe informe salvificamente da "terrível ameaça" que está por vir.

Sendo Hunt um autor protestante, compreendo que quando diz "igreja" quer dizer "Igreja Cristã", ou melhor dizendo, aquilo que os protestantes entendem por "Igreja Cristã".

Primeiro erro: o argumento de Hunt é totalmente ANTIBÍBLICO - a Igreja de Cristo (inclusive como a concebem os protestantes) NÃO PODE CAIR EM APOSTASIA e não pode ser EXTINTA.

Cristo prometeu que as portas do inferno (por mais fortes que sejam) não prevalecerão sobre a Sua Igreja (Mateus 16,18) e prometeu estar com os Seus Apóstolos TODOS OS DIAS até o fim do mundo (Mateus 28,20).

Ou um ou outro: ou Hunt não crê nas promessas de Cristo ou nem sequer as conhece!

Antes de apontar a [igreja] acusada, Hunt PREPARA o leitor para que, desde logo, tenha uma má referência dela. Observemos os adjetivos: "a mais perigosa" e "horrenda".

Uma seita "maior que todas juntas" não pode, certamente, ser colocada no mesmo saco que as outras. Deve possuir uma importância considerável e, como tal, não poder ser "uma a mais" na "lista de seitas".

Hunt não apresenta esta "lista de seitas". Limita-se a nos dizer que "os evangélicos a elaboraram" e, assim, temos que nos conformar com essa sua informação não provada.

É necessário ressaltar que o sr. Hunt possui um jeito POUCO SÉRIO de enfocar as coisas e de falar mal das outras confissões: quando Hunt quis informar o leitor sobre o que É UMA SEITA, citou um autor. Agora, porém, nos afirma sem qualquer referência bibliográfica, que houve "milhões de mártires assassinados por Roma". Por "Roma", Hunt identifica a Igreja Católica e nos vem dizer que ela "assassinou milhões", sem sustentar sua afirmação com uma mínima referência. Para um grande investigador, não custa torcer o nariz para semelhante imprecisão.

Para ver o artigo na íntegra, acesse o site Veritatis Splendor. Mas, aqui segue duas de suas pérolas. Não só nelas, mas em todas as sua ignomínias, ele é desmacarado; não somente através de documentos da Igrejas, mas, principalmente, nas Sagradas Escrituras. (todos os grifos são meus)

- Quão trágico é admitir que os católicos são cristãos! Muitos evangélicos têm acreditado na mentira de que os católicos romanos crêem e praticam algumas doutrinas periféricas que os diferem dos protestantes, mas que não lhes afeta a salvação.

Nós, católicos, somos cristãos e certamente não dependemos do sr. Hunt para nos considerarmos cristãos. Ao sr. Hunt (e muitos protestantes cabeças-ôcas) parece-lhe trágico admitir, assim como em seu tempo pareceu trágico a Ário ver que o Arianismo não "pegava"; como também pareceu trágico a Valdo ver que suas doutrinas não eram aceitas pela Catolicidade; como ainda a Lutero e Calvino lhes pareceu trágico perceber que suas doutrinas davam origem a divisão, confusão e heresias.

Nada disso é culpa dos fiéis católicos!

- Os católicos romanos, da mesma forma que os membros de outras seitas, necessitam ser tratados com compaixão, advertindo-os das mentiras de sua seita e apresentando-lhes o verdadeiro evangelho que pode salvá-los.

Enquanto católicos romanos, estejamos firmes naquilo que cremos. As opiniões pessoais são mentira ou não representam a doutrina católica. Não serão pedra de tropeço.

Por outro lado, numerosos apologistas católicos advogam a mesma atitude: tratar os protestantes com compaixão, fazendo-os ver que Cristo fundou apenas uma Igreja, contra a qual as portas do inferno e da DIVISÃO nada podem fazer.

Encerrada a resposta, eu, pelo menos, não encontro em Hunt razões suficientemente sólidas para erguer uma barreira entre católicos e protestantes, impedindo a união ecumênica.

"E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17,20-21).


Jesús Hernández

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Fonte: Lux Domini

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Nota:
[1] Dave Hunt é o autor, entre outras obras, do fantasioso livro "Uma Mulher Montada sobre a Besta", em que acusa de maneira prepotente a Igreja Católica de ser "a grande prostituta do livro de Apocalipse, capítulo 17" e oferece uma série de acusações anticatólicas carentes de documentação.

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Natural de Recife-Pe

"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos." (São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)

"Hoje, o que os outros pensam de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros pensam de mim, mas do que Deus sabe a meu respeito".




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ღஐºSaudade é o amor que fica!ღஐº

"O tempo não pára! A saudade é que faz as coisas pararem no tempo"...

"Duas pessoas que se amam não podem deixar de se encontrar e, pelo mesmo motivo, não podem ser separadas.
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por amor."


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“Olha, eu acho que tem que haver a descriminalização do aborto. Hoje, no Brasil, isso é um absurdo que não haja a descriminalização.” Em sabatina à Folha de S. Paulo - 4 de outubro de 2007. "Eu acho que, o aborto, do ponto de vista de um governo, é uma questão não é de foro íntimo, é uma questão de saúde pública".


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