A internet, sem sombra de dúvida, é uma poderosíssima ferramenta que está ao alcance senão de todos, mas de uma grande maioria. Basta um clique e um leque de possibilidades se abre numa velocidade antes inimaginável.
Mas, como cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém, é bom ficar de ouvidos e olhos bem abertos, para não se dar crédito a tudo o que se vê e se lê. É preciso um pouco de senso crítico, afinal são muitas e muitas informações que trafegam todos os dias pela rede e a quantidade de lixo produzido também tem que ser levado em consideração.
Tal qual pragas, os boatos, lendas, falsos vírus e meias verdades, enchem as nossas caixas de mensagens quase que diariamente. São as chamadas pulhas virtuais. Quem nunca as recebeu??? Mas, infelizmente, muitas pessoas não se dão ao trabalho - seja por preguiça ou má vontade- de averiguar a fonte da informação para saber se a mesma é confiável; pelo contrário, tratam logo de disseminá-las como se fossem verdades absolutas.
Dentre essas "verdades absolutas", há uma que vem circulando ultimamente e que resolvi pesquisar a fundo. Pude perceber que todo ano ela se repete e, numa busca mais apurada, pude notar também as milhares de postagens publicadas em sites e até em comunidades, sem um mínimo de critério e sem uma única fonte confiável que pudesse dar crédito à notícia. Por mais que eu pesquisasse, por mais que procurasse uma fonte confiável que me levasse à fonte principal, não consegui. Pois bem: a notícia que todos os anos circula na internet é a do famigerado Calendário Vaticano. Ninguém até hoje provou que esses modelos são, de fato, padres. O que se pode concluir na realidade é que são modelos vestidos de padres e não padres posando de modelos. E assim, entra ano e sai ano, os otários continuam acreditando nessa farsa, e o que é pior, condenando a Igreja, uma instituição bimilenar, que nada tem a ver com tudo isso, apenas teve seu nome usado para atrair a atenção de todos.
Este é o único site onde está hospedada todas as fotos e que é dado como oficial, mas, como se pode observar, nada tem a ver com o site da Santa Sé. Não é preciso ser um Sherlock para se concluir que (até que se prove o contrário) a notícia é falsa. Mas os incautos, na sanha de atacar e denegrir a Igreja resvalam sempre no mesmo erro; o que é uma pena.Essas e outras informações falsas continuarão a circular impunemente pela internet e não há muito o que se possa fazer sobre isso, a não ser alertar os desavisados para que, antes de repassar o que recebeu como verdade absoluta, seja mais criterioso e pesquise. Só depois que obtiver uma fonte segura, então publique. Com esses cuidados evitarão a propagação dos lixos virtuais que em nada acrescenta, pelo contrário, só faz aumentar a sua ignorância e a de muitos.
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