quarta-feira, 22 de julho de 2009
Momento presente
"Obrigada Lourdinha"!
Normalmente, com uma certa antecedência, já temos em mente o que vamos realizar quando iniciamos o dia. É assim que deve ser se não queremos ser atropelados pelos problemas decorrentes de uma agenda desorganizada. Mas com todos esses cuidados ainda temos que contar com os imprevistos que podem se apresentar ao longo do dia.
Paralelamente à nossa agenda, deveríamos adotar o costume de anotar numa folha de papel os imprevistos que, queiramos ou não, estão sempre batendo à nossa porta. Geralmente são eles que, muitas vezes, fazem toda a diferença no final do dia.
Se não conseguirmos realizar tudo o que planejamos para o dia, mas dermos conta dos imprevistos, já podemos nos dar por satisfeitos, uma vez que é mais difícil, em tese, realizar o que não se havia planejado.
Foi mais ou menos isso que ocorreu no sábado passado comigo, quando logo pela manhã, depois que havia chegado do açougue, recebia um telefonema de uma pessoa amiga, pedindo-me para levá-la ao hospital. Deixei tudo o que tinha a fazer naquela hora para atendê-la. Nesse ínterim recebia outro telefonema para atender outro pedido que seria o de levar outras amigas para o velório de uma amiga comum que havia falecido naquela manhã. Vi que não daria para ir para casa e voltar, pois seria contramão. Então, já que elas iriam almoçar e eu não havia ainda almoçado, nos encontramos e almoçamos juntas e de lá partimos para o cemitério.
O dia tinha começado ensolarado, mas a tarde o tempo começou a mudar e, durante a missa de corpo presente, chovia bastante. Mesmo com aquela chuva e a dor dos familiares pela perda insperada, a atmosfera era de serenidade. Durante todo o velório foram cantadas canções belíssimas. A medida que o tempo ia passando mais pessoas chegavam para prestar a última homenagem a Lourdinha. A sala estava repleta de coroas de flores. Os que estavam lá dentro permaneciam sentados e acompanhando os cânticos; quando não, cumprimentando os familiares, enquanto outros ficavam do lado de fora.
O horário do sepultamento estava previsto para as 17:30, mas atrasou um pouco por causa da chuva. Quando finalmente a última pá de terra encharcada loi lançada e o túmulo foi coberto com as coroas de flores já passava das 18:30. Até então todos permaneciam alí assistindo a tudo e cantando.
Quando saimos dali já estávamos bastante cansadas, mas meu dia ainda não havia terminado. As meninas pediram-me para dar uma paradinha para o lanche, e só depois disso fui deixá-las. Nossa, que dia!!! Mas para mim ainda tinha aquela parte da agenda para cumprir, que havia ficado em segundo plano. Ao chegar em casa, coloquei a mão na massa e, só por volta das 23:30, tinha cumprido o que havia sido proposto no início do dia. Só então é que fui tomar um banho, fazer um lanche e relaxar. Dormir mesmo só depois das 02:00.
Aquele foi realmente um dia intenso. Nele pude prencher aquela folha de papel que estava em branco. Ao cumprir o que planejei para o meu dia, não fiz mais que a minha obrigação, mas ao cumprir com perfeição os imprevistos que me foram apresentados, realizei plenamente a vontade de Deus no momento presente. Foi isto que fez toda a diferença e tornou o meu dia especial.
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23:38.