Doce Deleite



quarta-feira, 23 de abril de 2008

Imbatível em testemunhar a esperança


"Eu, Francisco, servo de Jesus Cristo, o menor entre os sucessores dos Apóstolos, não acredito que conheça muitas coisas em comparação aos senhores, exceto Jesus Cristo crucificado".*


Hoje ganhei uma Agenda Recriar da Editora Cidade Nova, a editora do Movimento dos Focolare. Por displicência, até a presente data, estava sem nenhuma. Mas quiz a providência que chegasse até mim, através de uma amiga, esta preciosidade. Folheando-a deparei-me com um resumo sobre a vida do Cardeal Van Thuan, o qual já ouvira sua história, mas ainda não havia lido sequer uma linha sobre a sua vida. Eis o que diz o Padre Elio Moretti: “Aqui está uma pessoa que pagou na própria carne a fidelidade a Jesus Cristo. Com certeza é uma testemunha, um mártir dos nossos dias. Por isto é fidedigno. Não ostenta nada, e toda a sua vida fala de fidelidade a Jesus Cristo”.*


Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, nasceu no norte do Vietnã em 1928, numa das rara famílias católicas. Os antigos cristãos de sua aldeia natal tinham sido todos martirizados. Só seu avô conseguira escapar... Van Thuân tornou-se padre em 1951. Foi nomeado arcebispo de Saigón em 1975. Poucos meses depois foi preso: “Disseram-me que minha nomeação era fruto de um complô entre o Vaticano e os imperialistas para organizar a luta contra o regime comunista”, conta ele. Era o dia de Nossa Senhora da Assunção, 15 de agosto de 1975.

Na longa prisão, - onde permaneceu por 13 anos, 9 dos quais, em total isolamento -, nunca se deixou suncumbir pelo desconforto, pelo contrário, procurou viver aquele período de cativeiro "preenchendo-o de amor", como ele mesmo disse depois que foi libertado. Os nove primeiros anos foram terríveis: “uma tortura mental, no vazio absoluto, sem trabalho, caminhando dentro da cela desde a manhã às nove e meia da noite para não ser destruído pela artrose, no limite da loucura”.

Buscava conversar com os carcereiros, que resistiam, mas logo eram seduzidos por sua gentileza e inteligência. Contava-lhes sobre países e culturas diferentes. Isso chamava sua atenção e instigava a curiosidade. Logo começavam a fazer perguntas, o diálogo se estabelecia, a amizade se enraizava. Chegou a dar aulas de inglês e francês.

Como o amor é criativo, Van Thuan encontrou também um jeito de se comunicar com seu rebanho: “Em outubro de 1975, fiz um sinal a um menino de sete anos, Quang, que regressava da missa às 5 horas, ainda escuro: ‘Diz à tua mãe que me compre blocos velhos de calendários’. Mais tarde, também na escuridão, Quang me traz os calendários, e em todas as noites de outubro e novembro de 1975 escrevi da prisão minha mensagem ao meu povo. Cada manhã o menino vinha recolher as folhas para levá-las à sua casa e fazer que seus irmãos e irmãs copiassem-na”. Assim foi escrito o livro “O Caminho da Esperança”, posteriormente publicado em oito idiomas: vietnamita, inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, coreano e chinês.

Um dia, enquanto trabalhava de lenhador, pediu ao amigo carcereiro: “Queria cortar um pedaço de madeira em forma de cruz... Feche os olhos, farei agora e serei muito cauteloso. Você vai andando e me deixa só”. Para completar sua obra, pediu: “Amigo, você me consegue um pedaço de fio elétrico?” “Queria fazer uma correntinha para levar minha cruz”.

O Cardeal Van Thuan foi libertado no dia 21 de novembro de 1988. Em 1994 deixou o Vietnã e foi para Roma, onde presidiu o Pontifício Conselho Justiça e Paz.

Foi feito Cardeal em 21 de fevereiro de 2001. Escreveu mais um livro: “Testemunhas da esperança”, no qual relata sua experiência de prisioneiro. Fazia questão de dizer que não se trata de um livro para fazer denúncias, mas testemunhar o dom da esperança. Vitimado pelo câncer, faleceu no dia 17 de setembro de 2002.

*Ao iniciar o retiro espiritual ao papa e à Cúria Romana no ano de 2000.

*Padre Elio Moretti, pároco em Campomariano, povoado do sul da Itália, foi um dos participantes nos últimos exercícios espirituais pregados pelo Cardeal Van Thuan.

Fontes: Agenda Recriar, Comunidade Católica Shalom

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Natural de Recife-Pe

"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos." (São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)

"Hoje, o que os outros pensam de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros pensam de mim, mas do que Deus sabe a meu respeito".




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ღஐºSaudade é o amor que fica!ღஐº

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Uma  torna a outra 'eterna'
por amor."


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