A liturgia do segundo domingo do Advento constitui um veemente apelo ao reencontro do homem com Deus, à conversão. Por sua parte, Deus está sempre disposto a oferecer ao homem um mundo novo de liberdade, de justiça e de paz; mas esse mundo só se tornará uma realidade quando o homem aceitar reformar o seu coração, abrindo-o aos valores de Deus.
Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no livro do profeta Isaías: "Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho. Esta é a voz daquele que grita no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!'". Foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Toda a região da Judéia e todos os moradores de Jerusalém iam ao seu encontro. Confessaram os seus pecados e João os batizava no rio Jordão. João vestia-se com uma pele de camelo e comia gafanhotos e mel do campo. E pregava, dizendo: "Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizarei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo".
João apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para remissão dos pecados. Acreditava que o Messias só se manifestaria quando Israel fosse, de fato, uma comunidade santa de Deus.
"Menos pedras… Mais carne… Podemo-nos ferir se formos contra as pedras no caminho, ou se uma queda provocar um acidente. Podemos ferir o outro atirando-lhe pedras. Ficamos feridos no mais profundo de nós mesmos se, em lugar do coração, tivermos uma pedra. No seguimento dos profetas, João Batista veio convencer os seus contemporâneos a arrancar o seu coração se ele for de pedra, para que um coração de carne aí seja colocado.
No deserto ou na margem do Jordão, ele pregava a conversão, isto é, a mudança total do coração por meio de um regresso radical para Deus. Ele era sinal da parte de Deus batizando na água, gesto de purificação. Ele testemunhava com a sua total disponibilidade para acolher o Enviado de Deus que batizará no Espírito Santo. O caminho estará pronto para que venha Aquele que falará ao coração do homem pedindo-lhe para amar Deus seu Pai e os homens seus irmãos"
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"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o
outro me especifica.Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome
que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos."
(São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, 375 D.C.)