Verdade seja dita: se hoje muitos católicos abandonam sua Igreja, assim o fazem porque se acomodaram e aceitaram uma mensagem mais simples; contudo, os católicos que têm permanecido na Igreja, bem como aqueles que vêm convertidos de outras igrejas ditas cristãs, acabam formando um valiosíssimo tesouro, pois buscaram conhecer a Verdade e - graças a Deus – a encontraram, como testemunham suas obras.
A maioria absoluta dos que vai da Igreja Católica para essas outras igrejas são como que vítimas do engodo, ou seja, de uma falsa atitude de lisonja e de adulação.
Usam de qualquer artifício para atrair alguém, mesmo que sejam a mentira, a calúnia e a difamação. De qualquer chamariz. De qualquer isca como as que são utilizadas para atrair animais, aves ou peixes. Promovem uma espécie de ceva, ou seja, através de algum fomento, incentivo ou estímulo, apresentam os prosélitos como animais cevados doutrinariamente.
A mesma coisa não ocorre em sentido contrário. A Igreja não aprendeu a fazer
“evangelismo” dessa forma. Apresenta, sim, uma doutrina coerente, não atacando o Evangelho de forma tão contundente. O que se diz da Igreja –
“essa ou aquela doutrina não estão na Bíblia” – pode-se certamente retrucar com:
"essa ou aquela interpretação estão expressas e frontalmente contrárias ao texto bíblico". Como a da “sola fide”, contrária a Tg 2, 24, o que ensejou Lutero a chamar a Epístola de Tiago de “epístola de palha”.
Quem tem realmente reta intenção em relação ao Evangelho acaba por perceber certas manobras, como a manipulação da Palavra em causa própria. Não querem obedecer. Só querem mandar. Mandar na Igreja, mandar na Palavra, mandar em Deus.
Para aqueles a quem isso se torna inaceitável, o caminho escolhido é, necessariamente, a Igreja Católica.Augusto César